Mas já parou para pensar se precisa mesmo de fazer, agora, esse consumo? Será que vale a pena ficar depende / refém desse cartão de crédito que no início lhe oferece um mundo de vantagens, mas no final não passa de uma linha de crédito com uma taxa de juro elevada? Quando contratualiza o cartão, só vê vantagens mas “amanhã”, quando já pagamos várias prestações em que o valor em dívida se mantem inalterado, começamos a ponderar se foi mesmo uma boa ideia ter adquirido aquele cartão.
A Armadilha
Nesta altura, olhamos para o passado e verificamos que caímos na armadilha dos bancos. A primeira compra que fazemos com o cartão de crédito a taxa de juro é zero, mas depois todas as outras têm uma taxa de juro elevadíssima. Após a primeira compra, eles já têm todos os nossos dados, sabem o que fazemos e quanto ganhamos por mês. Neste momento a máquina de marketing já pode entrar em ação, começam a aliciar-nos diariamente para utilizarmos o cartão em todo o tipo de serviços, como por exemplo para pagar a conta da água, do telefone, levantar dinheiro, etc.
Em suma, começamos a pagar juros. A prestação deixou de ser sem juros e passou a ser com juros e quase não amortizamos capital em dívida. Podemos sempre dizer que nunca vamos cair nesta armadilha, só os outros é que caem, mas não nos podemos esquecer de que nós também somos os outros. Se esta técnica de aliciamento de clientes não desse resultado, os bancos não a praticavam. Neste momento temos o nosso “amanhã” hipotecado, sem darmos conta do mesmo.
Como evitar a Armadilha
A maneira mais simples de evitar cair na armadilha é não cair na tentação de fazer cartões de crédito apenas porque a publicidade diz que é sem juros, porque pode não passar de publicidade. Mas acima disso, a melhor maneira para evitar cair na tentação é a poupança. Por norma, quando falamos em poupar, a primeira coisa que dizemos, é que é impossível poupar com o que ganhamos, mas será que é?
Um exemplo, quem tem filhos por norma passa por este drama, que é comprar os livros escolares. Todos os anos é preciso comprar livros novos para o ano letivo, nesta altura as grandes superfícies têm campanhas espetaculares de compre com o nosso cartão e pague em 12 vezes. Nós Pensamos, era mesmo isto que eu precisava. Assim posso pagar em suaves prestações e nem pesa muito no meu orçamento.
Então, se não tinha capacidade para poupar, como tem capacidade para pagar uma prestação a um banco? Seria muito mais simples, se todos os meses colocasse 20€ de lado, como se fosse uma prestação que tivesse de pagar todos os meses. No dia em que o vencimento entra na conta sai 20€ para a conta poupança, ao final de 12 meses, o tempo que vai levar a pagar os livros que comprou com o cartão de crédito, conseguiria poupar 240€, poderia comprar os livros sem ter de pagar juros por isso. Pelo contrário, ainda iria receber juros, por muito pouco que fosse, tudo que for acima de zero é lucro.
É por isso que a poupança é a melhor maneira de fugir da armadilha dos bancos, porque deixamos de depender deles. Podemos escolher onde comprar, como comprar e o que comprar sem ter de perguntar se posso comprar. Com a poupança, podemos escolher o que queremos do nosso “amanhã”, sem perguntar nada a ninguém
Solução para a Armadilha – Crédito Consolidado.
Já sabemos como evitar cair na armadilha, mas infelizmente se já vivemos na armadilha temos que sair dela, para nunca mais voltar a cair.
Uma das soluções para sair da armadilha, passa por liquidar e cancelar os cartões de crédito, para isso pode recorrer ao crédito consolidado. Irá deixar de ter vários créditos com taxa elevadas para passar a ter apenas um crédito com uma taxa mais reduzida e uma prestação fixa ao longo de todo o período. Após liquidar os cartões, deve efetuar o cancelamento dos mesmos para nunca mais cair na armadilha dos bancos.
Com a consolidação dos créditos, pode recuperar um pouco do seu “amanhã” que estava hipotecado. Pode começar a poupar, criar novas estratégias de poupança, pesquisar onde pode investir a poupança.
Depois de começar a poupar, tenho a certeza que nunca mais vai quer parar.
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