Saber para onde vai o seu dinheiro

Saber o destino de cada cêntimo do dinheiro que lhe custa a ganhar é um passo importante para a gestão e equilíbrio das suas finanças pessoais. Qualquer que seja o método que utiliza para gerir as suas despesas (papel e caneta, Excel ou um software de finanças pessoais), não “perder o rasto” do seu dinheiro é o primeiro passo para não ter surpresas desagradáveis. Todas as despesas contam nesta monitorização, mesmo as mais pequenas que, no final do mês, podem traduzir-se em despesas na casa dos dois dígitos e que já “pesam” no orçamento mensal.

Pagar-se primeiro a si próprio

Poupar dinheiro todos os anos é sinónimo de dizer “pague-se a si próprio”. Quando recebemos o nosso salário, a primeira coisa que fazemos é distribuir o dinheiro por várias entidades às quais pagamos contas e diversas mensalidades, quando, na verdade, deveríamos pagar a nós próprios em primeiro lugar. Fomos nós que trabalhámos por aquele dinheiro, afinal de contas. E pagar a nós mesmos significa tão simplesmente tirar algum dinheiro de parte, não para gastar imediatamente, mas para guardar para nós e, assim, poupar.

Esse dinheiro pode, por exemplo, ser aplicado num fundo de emergência, sobre cuja importância já escrevemos aqui.

Automatize tudo o que conseguir

A automação pode ser a sua melhor amiga. Automações como, por exemplo, o débito directo, evitam pagamentos de contas acidentalmente “perdidas” e consequentes multas.

Para além do débito direto, pode ainda optar por automatizar a sua poupança mensal para o seu fundo de emergência, por exemplo. Os bancos disponibilizam um serviço que, todos os meses, retira da sua conta uma quantia estabelecida por si e que é colocada diretamente numa conta à parte. Desta forma a sua poupança não dependerá da sua força de vontade ou disciplina

Não ter medo do cartão de crédito

Quando bem utilizado, o cartão de crédito pode ser um grande aliado da sua gestão financeira. Se por um lado são a causa de muitos problemas de endividamento dos portugueses, por outro, não haveria problema se toda a gente utilizasse o cartão de crédito correctamente.

Se pagar o cartão de crédito sempre a 100%, não há qualquer razão para pagar juros sobre o mesmo. Por vezes, podem haver meses em que precisamos de fazer face uma despesa com a qual não estávamos a contar e, nesses casos, recorrer ao cartão de crédito pagando a despesa a 100% no mês seguinte, não terá mal nenhum nem pagará juros por isso. O segredo é pagar sempre na totalidade.

Por outro lado, também pode ser vantajoso pagar com o cartão de crédito em algumas superfícies comerciais com as quais o seu cartão tenha algum tipo de protocolo ou parceria, dando descontos (imediatos ou não) sobre as suas compras. Alguns cartões de crédito dão direito a descontos significativos em óticas, supermercados, agências de viagens, etc., pelo que o uso inteligente dos mesmos passa por saber aproveitar os descontos e rejeitar o acúmulo de juros.

Já coloca em prática algum destes conselhos? Em caso negativo, experimente segui-los e analisar a diferença que farão na sua vida financeira.