Conte a sua história, a história de família. Coloque de parte as novas tecnologias e explore a identidade da sua família. Vasculhe aquelas fotos que são só suas e veja e reveja enquanto se revivem usos, costumes e tradições natalícias de outros tempos.

O Natal é o renascimento, o recomeço, o início de um novo ciclo. É tempo de abraçar os (as) seus (suas) irmãos (ãs), os (as) seus (suas) vizinhos (as), os (as) seus (suas) amigos (as) e os (as) inimigos (as). Neste Natal permita que o calor da lareira aqueça o seu coração. Dê o que tem de mais importante aos seus. Ecoe a sua alegria e grite para todos (as) escutarem paz, amor e solidariedade. O importante é acordar, olhar para a vida. Ver para fora de nós mesmos (as), ver o (a) outro (a) tão próximo (a).

O Natal é comummente um momento de partilha, em que poderá trazer a alegria de oferecer e receber, farol que deve iluminar-nos todo o ano.

Esse farol que pode também ser o sorriso oferecido aos que nos rodeiam, que nos importam, que necessitam, que nos solicitam.

Pois é… No Natal os (as) pais (mães) ficam com a tarefa de encontrar o tal presente. Presentear é realmente uma tradição da época, mas podemos aproveitar para investir nos valores como a partilha. Podemos dar outro significado ao Natal, comunicando afeto e gratidão. O ato de dar deve marcar a nossa vida, dar o nosso tempo, dar a nossa atenção. Se estabelecermos esta comunicação precocemente poderemos marcar a criança com valores que permanecerão sempre e com todos (as).

Isto não quer dizer que não devemos dar presentes, brinquedos ou outros objetos que as crianças sugerem e são lúdicos, educativos ou simplesmente atrativos, mas tudo deve ser realizado de modo equilibrado para que também neste tema entendam o que são limites.

As crianças ficam muito estimuladas emocionalmente com o consumismo na época do Natal e são os adultos que devem ter a capacidade de reagir a esta situação, promovendo o consumo de algo mais genuíno: a alegria, a brincadeira, as aventuras, que são o que mais necessidade têm as crianças para se desenvolver de modo equilibrado e saudável. Aliás, já foi demonstrado que o excesso de brinquedos diminui a imaginação e a criatividade, logo a aquisição de brinquedos deve ser planeada, dando primazia a brinquedos didáticos que ajudem a ampliar e diversificar os seus conhecimentos.

Oferecer valores é também construí-los. A solidariedade é um valor que se pode definir como a tomada de consciência das necessidades dos (as) outros (as) e simultaneamente o desejo em contribuir para a sua satisfação. Esta solidariedade deve ser transmitida principalmente através do exemplo dos (as) pais (mães). A preocupação com os (as) outros (as), a partilha, o dar ao (à) outro (a) e ficar feliz por isso mesmo. A criança que aprende a dar, a partilhar será um adulto com relações adaptativas e autênticas, terá mais capacidade de prestar atenção aos sentimentos dos (as) outros (as).

BOM NATAL!

Sandra Helena
Psicóloga Infanto-Juvenil
Psinove – Inovamos a Psicologia
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