As salas de aulas estão vazias há mais de um mês e, apesar dos esforços do ensino à distância, os professores alertam para o agravamento das desigualdades sociais e avisam que “a escola deixou de ser acessível a todos”.
Cerca de dois terços (65,7%) dos alunos do ensino superior que participaram num inquérito sobre o impacto da pandemia covid-19 afirmam que os docentes não estão preparados para desenvolver um ensino não presencial.
Os alunos do 10.º ano terão “oportunidade para ter recuperação de aprendizagens” no próximo ano, adiantou hoje o secretário de Estado da Educação, reconhecendo que o sistema não está a “funcionar bem nem de forma igual para todos”.
Um grupo de investigadores da Universidade de Coimbra (UC) alerta para os aspetos que devem ser acautelados para as desigualdades na educação não serem reforçadas com as aulas à distância, devido à pandemia da covid-19.
O presidente do CDS-PP criticou hoje que os exames nacionais do ensino secundário não alterem as notas dos alunos, considerando que isso é uma “tremenda injustiça”, e pedindo que se mantenha o sistema que vigorou até aqui.
A Câmara de Coimbra disponibiliza gratuitamente aos alunos e docentes do 1.º ciclo do ensino básico uma plataforma de ensino à distância, além de internet e ‘tablets’ aos alunos que não dispõem deste tipo de meios.
A Direção-geral da Educação vai lançar uma formação sobre o ensino através de meios digitais dirigida a diretores escolares e professores, para apoiar as escolas no desenvolvimento do ensino à distância, anunciou hoje a tutela.
Os encarregados de educação continuam preocupados com alunos sem acesso à internet ou equipamentos que lhes permitam acompanhar as aulas à distância e pedem ao Governo um “Programa Nacional de Transformação Digital na Educação”.
Os conteúdos programáticos das aulas transmitidas pela televisão para os alunos do ensino básico continuam desconhecidos dos professores, lamentaram hoje os diretores escolares, na véspera do arranque do 3.º período.
As associações de pais saudaram hoje as decisões do Governo em manter o ensino a distância e só retomar as aulas presenciais no secundário caso haja garantias de segurança, assim como a opção de adiar os exames nacionais.
Veja em baixo um resumo das medidas anunciadas esta quinta-feira pelo Governo de António Costa para responder aos efeitos da pandemia da COVID-19 no ensino básico e secundário.
O Governo vai atribuir 15 milhões de euros para projetos destinados a apoiar crianças e jovens com problemas de aprendizagem ou de inclusão, segundo decisão tomada na quinta-feira em Conselho de Ministros.
Pais e professores alertaram hoje para as dificuldades em acompanhar os alunos com necessidades educativas através do ensino à distância, que veio substituir as aulas presenciais nas escolas para tentar controlar a disseminação do novo coronavírus.
O projeto ‘Student Keep’, desenvolvido para colmatar desigualdades no acesso à educação, já recebeu 23 pedidos de ajuda de alunos que não têm acesso a um computador ou à Internet e 40 respostas de pessoas disponíveis para emprestar materiais.
O Agrupamento de Escolas de Arouca, frequentado por mais de 2.000 alunos do ensino pré-escolar ao secundário, defendeu hoje que a adoção local do regime de semestralidade letiva permitiu que esteja "tudo quase normal" no contexto da covid-19.
As notas do segundo período vão ser comunicadas diretamente aos alunos pelas escolas para salvaguardar a proteção de dados, uma vez que não podem deslocar-se para consultar as pautas devido à pandemia covid-19, anunciou hoje o Ministério da Educação.
Os diretores das escolas avisam que os horários das aulas no 3.º período terão de ser adaptados à nova realidade do ensino à distância e que os professores continuam a estudar as melhores formas de ensinar.
Os diretores das escolas estão a enviar esta semana para os serviços do Ministério da Educação informações sobre os alunos sem acesso à internet ou computador e acreditam que o terceiro período começará com menos estudantes excluídos.
Há alunos que começam a ter saudades da escola, dos recreios e dos professores, segundo relatos de diretores, que estão a receber mensagens de estudantes uma semana depois de as escolas terem encerrado.
O estudo das crianças em casa deve ser organizado olhando em primeiro lugar para a criança. Ouça o que ela precisa, atenda ao que é solicitado pela escola. Um artigo de opinião de Luísa Agante, professora de marketing na Faculdade de Economia do Porto e especialista em comportamento do consumidor in
A Porto Editora e a Leya vão disponibilizar de forma gratuita o acesso a conteúdos educativos digitais para professores e alunos durante o período de suspensão das aulas por causa do novo coronavírus.
As escolas de todos os graus de ensino vão suspender todas as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira devido ao surto COVID-19, anunciou hoje primeiro-ministro, António Costa, numa declaração ao país.
Escolas de todo o país funcionaram hoje com muito menos alunos porque os pais decidiram não mandar os filhos para as escolas, contaram à Lusa diretores escolares.
Perto de 363 milhões de alunos no mundo estão sem aulas por causa das medidas de contenção aplicadas em vários países para travar a epidemia do novo coronavírus, indicou hoje a UNESCO.