O sexo homossexual, tal como o heterossexual pode causar alguns problemas de saúde, pelo que as mulheres lésbicas ou bissexuais não estão imunes a doenças de transmissão sexual. O sexo oral, o sangue menstrual, o simples contacto físico com a área infetada, a troca de fluídos e a partilha de objetos sexuais entre si e a sua parceira, pode levar ao aparecimento de doenças como o herpes e as verrugas genitais.

A essa lista acresce ainda a clamídia. "Algumas doenças são mais prevalentes nas lésbicas e nas mulheres bissexuais, uma vez que são mais facilmente transmitidas de mulher para mulher, como é o caso da vaginose bacteriana", refere mesmo, em jeito de esclarecimento e de alerta, Stam Poupalos, médico da clínica 121doc.

Apesar de o risco de gravidez não se fazer sentir no sexo homossexual, há que tomar precauções relativamente à transmissão de doenças sexuais que possam afetar a sua saúde e a da sua parceira. Está clinicamente comprovado que as mulheres bissexuais apresentam um risco mais elevado em comparação com as mulheres que apenas mantêm relações com outras mulheres.

5 cuidados a ter para uma relação saudável

Descubra, de seguida, alguns conselhos e recomendações que garantem uma vida sexual mais segura:

1. Faça testes regulares

Não faça sexo desprotegido sem antes fazer testes ou pedir à sua parceira para ser testada às principais doenças sexualmente transmissíveis. Nem todas as pessoas são honestas relativamente ao seu passado sexual e muitas delas nem sequer sabem que estão infetadas. Para esclarecer quaisquer dúvidas, consulte um médico para que possa fazer o despiste a doenças sexuais de forma segura.

2. Proteja-se durante a relação

Se não tem a certeza do passado sexual da sua parceira ou não tem como o comprovar através de um teste, proteja-se! Se usar objetos sexuais, use um preservativo entre as diferentes utilizações e parceiras, especialmente na penetração. No sexo oral, opte pela utilização de um dique ou lençol de borracha, para que este cubra a zona genital e o ânus durante o sexo.

Esta barreira impede a transmissão de infeções quer seja no sexo homossexual, quer no heterossexual, no caso de ser o homem a fazer sexo oral à mulher. Algumas infeções podem ser transmitidas pelo contacto com a pele e pelo toque das mãos ou dedos na zona genital. Lave as mãos antes do contacto sexual e use luvas de látex quando usar as mãos para estimulação na zona genital.

3. Seja monógama

Uma forma segura de evitar as doenças sexualmente transmissíveis é a relação a longo prazo e mutuamente monógama com uma parceira não infectada.

4. Tenha as suas vacinas em dia

Apesar de nem todas as doenças sexualmente transmissíveis poderem ser prevenidas pela vacinação, esta pode desempenhar um papel importante na prevenção dos vírus da hepatite A e B, bem como do HPV, responsável pelo cancro do colo do útero e noutros casos responsável pela presença de verrugas genitais.

5. Mantenha-se atenta

O VIH não tem cura e pode, tal como outras doenças sexuais, ser transmitido pela troca de fluidos vaginais. Pratique sexo seguro e esteja atenta a quaisquer sinais de infecção na sua área genital ou cavidade oral.

Alterações no corrimento vaginal em termos de cheiro, cor e consistência podem ser um primeiro sinal de infecção, tal como a presença de lesões nos genitais e área circundante. Se notar algum sinal de infeção, procure ajuda médica imediatamente para que possa ser testada e tratada adequadamente.

Texto: Clínica 121doc