Tripofobia é o nome dado ao transtorno das pessoas que têm medo de buracos pequenos. O nome foi pensado segundo as palavras gregas “trypo” que significa perfurar ou fazer buracos e “phóbos” de fobia. Esta fobia começou a ser falada quando milhares de pessoas começaram a relatar a aversão que tinham a imagens que apresentassem padrões de buracos de forma irregular. Padrões irregulares de furos, tais como colmeias, formigueiros e sementes de lótus são alguns dos exemplos. O medo e repulsa por estas imagens podiam mesmo, em alguns casos, causar ataques de pânico. Sendo os ataques de pânico a reação mais grave, as pessoas também relatam comichões, tremores, formigueiros, suores repentinos, salivação intensa, aceleração do ritmo cardíaco e náuseas ao verem as imagens.

Todo este barulho à volta do tema levou a que dois cientistas, da Universidade de Essex, Geoff Cole e Arnold Wilkins, começassem a pesquisar sobre a possível doença. A pesquisa sobre esta fobia que, não vem listada no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria foi baseada nas imagens do site Trypophofia.com. A análise das imagens tentou descobrir um denominador comum, para que fosse mais fácil atribuir uma causa para a fobia, mas apesar de partilharem algumas características, os resultados não foram conclusivos. Porém, um dos participantes no estudo revelou que uma imagem de um polvo-de-anéis-azuis também desencadeava as reações de medo a cima listadas. A partir desta nova informação Geoff e Arnold aperceberam-se que outras imagens de animais venenosos causavam a mesma reação. Apesar de recente, a investigação já revelou que o medo surge sobretudo em padrões criados pela natureza e que a repugnância que as pessoas sentem se deve às semelhanças de aspeto de vermes que causam doenças na pele, ou por apresentarem explicitamente animais venenosos. Desta forma, os investigadores concluíram que o medo não é causado pelos buracos em si, mas, pela associação mental que as pessoas fazem ao possível perigo que este tipo de imagens lhes possa causar. Basearam então a ideia no instinto básico de sobrevivência. A fobia trata-se então, de um reflexo inconsciente e algo primitivo às imagens que podem constituir um risco para as próprias pessoas.

Mas como saber se sofremos de tripofobia? O diagnóstico não está comprovado e não se pode designar como fiável mas olhar para imagens que normalmente causam estes transtornos pode dar algumas pistas, caso se sinta algum dos sintomas. Existem inúmeros sites online que apresentam um conjunto de imagens de padrões constituídos por milhares de buracos pequenos, de forma a que as pessoas possam descobrir se sofrem da doença ou não.

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