Instrumento fulcral na prevenção e deteção precoce das várias patologias que afetam a cavidade oral, a consulta de higiene oral deve fazer parte integrante e rotineira de qualquer plano de cuidados de saúde oral. A sua periodicidade é, contudo, rodeada de alguma subjetividade já que a sua necessidade se deve adequar ao doente em causa «tendo em conta fatores como o tipo de alimentação e o índice de cáries e historial de patologias orais prévias», explica João Caramês, professor catedrático da Faculdade de Medicina Dentária da Universidade de Lisboa, professor adjunto da NYU e diretor clínicodo Instituto de Implantologia.
A lista não se fica, contudo, por aqui. Abrange ainda «a existência de condições sistémicas como a diabetes ou hábitos como o tabaco que alteram a resposta normal do organismo, a existência de próteses fixas, removíveis ou aparelhos ortodônticos que dificultem a capacidade de higiene e a idade e consequente destreza motora bem como a motivação para a manutenção de níveis de higiene adequados», esclarece o especialista.
O ideal é ir ao dentista, pelo menos, duas vezes por ano. «Podemos, assim, definir as consultas de seis em seis meses como uma periodicidade adequada, podendo esta ser alterada para de quatro em quatro meses ou de três em três meses atendendo aos fatores acima enunciados, devendo por isso o profissional de saúde proporcionar uma resposta fundamentada e personalizada», conclui ainda este profissional de saúde.
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