Tal como a mulher, o homem também pode ser afetado por vários tipos de perturbações que afetam a resposta sexual.
Do desejo sexual (desejo sexual hipoactivo e aversão sexual), à excitação sexual (disfunção eréctil), passando pela dificuldade orgásmica (ejaculação prematura, ejaculação retardada, anejaculação, ejaculação retrógrada e ejaculação reflexa) e pela dor (dispareunia, dor genital associada à actividade sexual), são muitas as causas que condicionam o seu desempenho.
Como se manifesta
Entre as disfunções sexuais masculinas, a mais frequente é a disfunção erétil, definida pela Organização Mundial de Saúde como a «incapacidade de um homem obter e/ou manter uma ereção suficiente para obter um desempenho sexual satisfatório». De acordo com a Sociedade Portuguesa de Andrologia, a disfunção eréctil ou impotência sexual afeta cerca de 500 mil homens em Portugal e cerca de 150 milhões de homens em todo o mundo.
Quais as suas causas?
Pode ser uma consequência de fatores físicos como doenças vasculares, endócrinas (diabetes), neurológicas,
músculo-esqueléticas e/ou urológicas.
A disfunção erétil pode também ser um sintoma secundário do uso de alguns medicamentos.
Alguns fatores psicológicos como a depressão, a ansiedade, o stress e/ou problemas relacionais e interpessoais também podem estar na sua origem.
Porém, em muitos casos, pode ser de causa mista, ou seja, ambos os fatores estão presentes.
Como se trata
Felizmente, dependendo da causa, cerca de 95% dos casos são tratáveis. As opções de tratamento incluem medicamentos orais, nomeadmaente inibidores da fosfodiesterase 5 - PDE5, aconselhamento e terapia sexual com um psicólogo, psiquiatra ou sexólogo e a autoinjeção peniana que é aplicada pelo doente antes da actividade sexual para aumentar o fluxo sanguíneo no pénis e permitir a ereção.
A lista inclui ainda terapia intra-uretral que consiste na inserção de um medicamento na uretra que aumenta o fluxo sanguíneo e o dispositivo de vácuo, uma bomba de vácuo com utilização do anel de borracha que é colocada na base do pénis, cuja pressão aumenta a quantidade de sangue na zona, facilitando a ereção). Como último recurso, pode-se ainda tentar uma prótese peniana, um dispositivo inserido no pénis através de cirurgia.
Texto: Fernanda Soares com Erika Morbeck (sexologista na Clínica Pelviclinic)
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