A Organização Mundial de Saúde recomenda um consumo diário máximo de 5 gramas de sal, mas ressalva que mesmo as pessoas saudáveis devem procurar ingerir, por dia, até 3 gramas. Os portugueses estão ainda longe de atingir a meta: no ano de 2016, o consumo diário de sal no país rondava os 10 gramas por indivíduo.

Mas se este valor parece alarmante, é importante sublinhar que já foi “uma pitada” maior, já que, entre 2009 e o início de 2016, o consumo diário de sal baixou 1,7 gramas por indivíduo. Por essa altura, fixou-se o objetivo de, até 2020, atingir uma média abaixo dos 10 gramas.

O sal realça o sabor dos alimentos, mas vale sempre a pena prová-los antes de temperar, pois podem ser suficientemente saborosos por si. A DECO PROTESTE sublinha que as ervas aromáticas também podem ser aliadas e mostra como criar uma mini-horta de plantas aromáticas na varanda ou no quintal.

Mas a verdade é que o sal que usamos ao cozinhar equivale a apenas 15% do total que ingerimos por dia e cerca de 10 a 15% tem origem no sódio naturalmente presente nos alimentos.

A grande fatia do nosso consumo diário de sal – 75% – está presente à partida nos alimentos que compramos, como queijos, batatas fritas de pacote e refeições prontas a comer – é o chamado “sal escondido”. Estudos da DECO PROTESTE à quantidade de sal nos alimentos revelaram que a tendência observada é de redução da presença do condimento. São bons exemplos disso a manteiga e as azeitonas. Porém, em produtos como os aperitivos de milho, o regista-se o inverso: um aumento de 70% da concentração de sal; 30 gramas de aperitivo contêm 10% da quantidade diária de sal recomendada.

Para fazer escolhas mais saudáveis e menos salgadas, consulte sempre o rótulo dos produtos. A indicação do teor em sal no rótulo é obrigatória. Atualmente deve indicar-se o teor de sal, de mais fácil interpretação para o consumidor do que NaCl (cloreto de sódio) ou Na (Sódio).

Não existe um teor máximo de sal fixado por lei para os alimentos. O pão e a única exceção, tendo de obedecer ao limite de 1,4 gramas de sal por cada 100 gramas.

Consumido na dose adequada, o sal é benéfico e necessário para o organismo, contribuindo, por exemplo, para o bom funcionamento da contração muscular e para a hidratação do corpo. Já o seu consumo excessivo pode trazer complicações para a saúde como a subida da hipertensão arterial. Esta, por sua vez, é uma das principais causas na origem de doenças cardiovasculares, que constituem a principal causa de morte no País.

Para comer de forma mais saudável, faça sempre as contas guiando-se pelo teor de sal dos alimentos e pela porção que vai ingerir. Se cozinhar, não abuse no sal e procure trocá-lo por alternativas que realçam o sabor, como condimentos, ervas aromáticas ou sumo de limão.