A Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED) lançou um vídeo que esclarece os mitos associados ao uso da morfina, um medicamento opióide.

Estes medicamentos estão indicados no controlo de todos os tipos de dor crónica (oncológica e não oncológica) moderada a forte que, comprovadamente, seja refratária a outras terapêuticas farmacológicas e/ou não-farmacológicas.

"No tratamento da dor crónica não oncológica estes doentes terão de ser corretamente avaliados, triados por médicos capacitados, em ambiente multidisciplinar, com uma avaliação cuidada de natureza psico-social, com acompanhamento continuado e com uma monitorização adequada, com uma prescrição individualizada, com uma posologia correta e para um período estritamente necessário. Se cumprirmos estas regras, poderemos considerar que estamos perante fármacos seguros", explica Duarte Correia, presidente da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor (APED).

"Os medicamentos opióides utilizados no tratamento da dor crónica são, na sua enorme maioria, de ação prolongada o que minoriza ou dificulta a utilização para fins não terapêuticos", e acrescenta: "a morfina, se tomada devidamente, respeitando a prescrição médica, não causa dependência, não provoca euforia ou alucinação, não retira lucidez ao paciente e não causa depressão respiratória. Estes fármacos têm um efeito continuado e prolongado no alívio da dor crónica forte e/ou moderada, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes".