A incidência desta neoplasia ocorre maioritariamente entre os 55 e 74 anos, sendo tanto os indivíduos do sexo masculino como feminino igualmente afetados.

O exame anátomo-patológico de uma amostra do tumor, com recurso à biópsia, é o principal método no diagnóstico do Carcinoma Pancreático e o Antigénio CA 19-9 é o marcador tumoral a que geralmente a medicina laboratorial recorre para o acompanhamento da evolução da neoplasia no doente. Um resultado laboratorial de CA 19-9 não leva a suspeitar unicamente de carcinoma no pâncreas. O Antigénio CA 19-9 não é específico como teste de diagnóstico, dado que pode estar elevado em doenças benignas como a pancreatite, colangite (inflamação das vias biliares) e doenças inflamatórias intestinais.

O Antigénio CA 19-9 está por norma elevado no soro de pacientes diagnosticados com Carcinoma Pancreático. A Medicina Laboratorial recorre a este antigénio para determinar a resposta do tumor à terapêutica, para decidir se o tratamento deve ou não ser alterado, ou para verificar a necessidade de realização de testes complementares.

Valores baixos de CA 19-9 podem ser detetados em pacientes que estão a responder positivamente à terapêutica ou podem estar presentes em indivíduos saudáveis. São valores comuns em indivíduos sem a doença ou que estão a responder positivamente à terapêutica da neoplasia ou ainda que respondem à terapêutica de outras doenças benignas que registam valores baixos durante a resposta às terapêuticas temporárias.

O Carcinoma Pancreático inicialmente fornece poucos sinais de presença da neoplasia, pelo que no momento em que o paciente apresenta sintomas e níveis significativamente elevados de CA 19-9, o cancro está geralmente num estádio já bastante avançado.

Por Germano de Sousa, Médico Especialista em Patologia Clínica

Germano de Sousa, Médico Especialista em Patologia Clínica