Desenvolvido na Universidade de Coimbra, o micro-robô começará a ser testado em humanos até ao final de 2013.

De acordo com o investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Francisco do Vale, esta criação consiste «num distrator mandibular que trata deformidades faciais, sobretudo as associadas à falta de desenvolvimento do maxilar inferior», como sublinha.

Este problema de desenvolvimento «dá uma aparência de queijo pequeno, face convexa e região nasal proeminente», refere o especialista. Destina-se ao tratamento «de casos graves (associados a síndromes crânio-faciais) e leves a moderados, que ocorrem em 12 a 38 por cento da população portuguesa», explica o investigador.

Sobre o modo de funcionamento deste micro-robô, Francisco Vale explica que «é ancorado sobre os dentes, como um aparelho ortodôntico tradicional. Através de um processo biomecânico, faz um alongamento do osso». Quanto às
mais-valias deste processo, o especialista esclarece que «é implantado em ambulatório, sem anestesia, com poucos efeitos secundários e ativado de forma remota, sem ida ao hospital. O tratamento atual requer internamento e, pelo menos, três cirurgias, pelo que, em casos moderados, é muitas vezes declinado» refere ainda o investigador.

Revisão científica: Francisco do Vale (investigador da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra)