Uma equipa de investigadores das Faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e de Medicina da Universidade de Coimbra desenvolveu um novo tratamento para o glaucoma que vai garantir a correcta medicação dos doentes. Consiste num biodispositivo que é introduzido nas estruturas oculares através de uma micro-cirurgia.
O dispositivo vai libertar um fármaco de forma progressiva, em substituição do uso dos colírios aplicados várias vezes ao dia.
A grande mais-valia reside no facto de as doses administradas serem controladas pelo dispositivo, dispensando as diversas aplicações diárias feitas pelos próprios doentes e evitando esquecimentos, doses inadequadas ou mal aplicadas.
No fundo, garante a eficácia do tratamento e simplifica a vida dos doentes com glaucoma, uma doença progressiva que é considerada a segunda causa mundial de cegueira, tornando-se numa solução até mais económica devido ao não desperdício do fármaco.
Os resultados dos testes in vivo mostraram um bom desempenho do biodispositivo, não havendo registo de qualquer reacção agressiva ou rejeição.
O próximo passo será a validação clínica, através de parcerias com a indústria farmacêutica que viabilizem a aplicação do dispositivo nos doentes com glaucoma. Segundo a responsável da FCTUC, a colocação no mercado só deverá acontecer «dentro de dois anos».
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