O melanoma é o cancro da pele cuja taxa de incidência tem vindo a aumentar de forma mais rápida, como atestam os últimos números oficiais. É também o mais grave e mortal.

Em Portugal, surgem anualmente cerca de 700 novos casos de melanoma maligno.

Mas está, no entanto, longe de ser a única forma de cancro cutâneo a que deve estar atento.

Carcinoma baso-celular ou basalioma

É a forma mais comum de cancro da pele, representando mais de 65% do total. No nosso país, à semelhança dos países do sul da Europa, a incidência é de cerca de 67/100.000 habitantes. É um tumor localmente invasivo e recidivante mas que nunca dá metástases à distância. Apesar da baixa taxa de mortalidade global, pode originar sequelas com impacto negativo na qualidade de vida dos doentes.

Carcinoma espino-celular

É mais agressivo que o basalioma, podendo, nas formas avançadas, originar metástases e provocar a morte do doente. Surge quase sempre sobre lesões pré-existentes, nas áreas mais expostas e atinge as pessoas mais idosas, representando cerca de 23% do total de cancros da pele. A incidência no nosso país é de cerca de 17/100.000 habitantes.

Melanoma

É o cancro da pele cuja taxa de incidência tem vindo a aumentar de forma mais rápida, atingindo as pessoas adultas na sua fase mais produtiva (35/55 anos). É um tumor altamente maligno que, se não for diagnosticado e tratado a tempo, resulta numa elevada taxa de mortalidade. Felizmente, se for detectado na sua fase inicial, as probabilidades de cura são muito elevadas. No nosso país a taxa de incidência já ultrapassa os 8/100.000, ao passo que há 40 anos era inferior a 2/100.000. A incidência do melanoma no nosso país quadruplicou, assim, desde o final da década de 1970.

Texto: Fernanda Soares

Revisão científica: Jorge Cardoso (dermatologista e coordenador da Unidade de Dermatologia do British Hospital Lisbon XXI, em Lisboa)