Todos os seres vivos, incluindo o Homem, dependem da água para viver. Os primeiros sinais de vida, que surgiram há milhões de anos atrás, apareceram na água pelo que, tanto hoje como no passado, dependemos da água quer para a nossa evolução, quer para a sobrevivência do dia-a-dia.
A água desempenha um papel da maior importância na concentração de sais no corpo, na regulação da temperatura, nas funções intestinais e no transporte de nutrientes no organismo. Por isso um adulto médio deverá beber 2 litros de água (cerca de oito copos) por dia. Aágua apresenta sempre na sua constituição uma componente de sais minerais e de oligoelementos que desencadeiam um conjunto de reacções físicas e químicas naturais.
Quando a bebemos ou quando nela nos banhamos, condiciona e favorece o funcionamento do organismo. A água é vital, pois constitui o equilíbrio hídrico do nosso organismo. Determinados tipos de água têm, desde tempos remotos, despertado o interesse da humanidade, por nelas ter sido reconhecida a existência de capacidades específicas na cura da doença, na preservação da vida e no bem-estar.
O papel nutricional
Algumas décadas atrás, pensava-se que estes elementos não possuíam qualquer função relevante nos processos fisiológicos que ocorrem no corpo humano. Contudo, o desenvolvimento da bioquímica permitiu evidenciar o seu carácter indispensável, na medida em que foi possível demonstrar que a maioria dos metais vestigíários intervém no funcionamento das enzimas, moléculas que assumem um papel essencial em todos as reacções bioquímicas que ocorrem no organismo.
Dada a natureza inorgânica dos oligoelementos, o ser humano não pode, por si só sintetizá-los, pelo que tem de os ir buscar aos alimentos que ingere, nos quais estão presentes em quantidades variadas.
Acontece, porém, que a alteração dos hábitos alimentares verificada a partir da segunda metade do século XX e caracterizada pelo consumo cada vez mais reduzido de cereais, legumes verdes e fruta, produtos de elevada riqueza em oligoelementos, tem promovido, de forma significativa, uma diminuição da ingestão diária destes elementos.
Tal facto é ainda potenciado pelo consumo generalizado de produtos provenientes de culturas intensivas, os quais não apresentam os mesmos níveis de elementos vestigiários de outrora. Num tal contexto, as águas naturais aparecem actualmente como os fornecedores primordiais dos oligoelementos, sem os quais o organismo humano não poderá desenvolver-se e manter-se em boas condições.
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Benefícios da água
- Beber muita água favorece uma pele saudável
- Estimula a digestão
- Combate a doença e elimina as toxinas.
Calcio
O cálcio não é apenas o maior constituinte dos ossos e dos dentes, como é também crucial para o sistema nervoso, contracção muscular, ritmo cardíaco, coagulação sanguínea e função imunitária.
Magnésio
O magnésio é essencial para todos os principais processos biológicos, e especialmente importante na protecção contra as doenças cardiovasculares.
Potássio
O potássio é um componente principal das nossas células. Controla a pressão arterial e pode ajudar na protecção contra ataques cardíacos e hipertensão. O sódio, juntamente com o potássio e o cloreto, fazem parte do sangue, linfa e líquidos intercelulares.
Beber água na horas certas
Você sabia que beber água na hora certa maximiza a sua eficácia sobre o corpo humano:
- 2 copos de água depois de acordar - ajuda a activar os órgãos internos.
- 1 copo de água 30 minutos antes de uma refeição - ajuda a digestão.
- 1 copo de água antes de tomar um banho - ajuda a reduzir a pressão arterial.
- 1 copo de água antes de ir para a cama - evita derrames ou ataques cardíacos.
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Os diferentes tipos de águas
Com o avanço da poluição ambiental cada vez é maior a consciência de que as águas naturais constituem uma riqueza que importa preservar a todo o custo. Nem todas as águas ao dispor do consumidor, para beber, em balneários termais ou nos agora tão em moda "spa", são iguais, porque nem todas têm a mesma origem.
Assim, nem todas são naturais, nem todas têm características estáveis e, finalmente, existem grandes diferenças de composição química e microbiológica no seu estado original e ao nível do utilizador.
No que concerne ás águas para beber existem três tipos principais:
a) água mineral natural;
b) água de nascente;
c) outras águas destinadas ao consumo humano embaladas ou disponibilizadas pelas redes de distribuição públicas.
Tipos químicos de águas para beber
Embora a Natureza não produza duas águas naturais (minerais naturais ou de nascente) com a mesma exacta composição química, é possível, no entanto, o seu agrupamento por classes, ou tipos, tendo em conta as semelhanças.
O total de sais dissolvidos, quantificado através da mineralização total (soma das quantidades de todos os aniões, de todos os catiões e da sílica), constitui o parâmetro mais imediato para o agrupamento das águas naturais em quatro grandes tipos:
- Águas hipossalinas (ou muito pouco mineralizadas) quando o total de sais dissolvidos não ultrapassa 200 mg/L
- Águas fracamente mineralizadas (ou pouco mineralizadas) quando apresentam valores de mineralização total entre 200 e l 000mg/L
- Águas Mesossalinas quando a mineralização total se situa entre 1000 e 2000mg/L
- Águas Hiperssalinas (ou ricas em sais minerais) são as que exibem uma mineralização total superior a 2000 mg/L
A grande maioria das águas engarrafadas em Portugal é do tipo hipossalino, indo de encontro ao gosto do consumidor português. A presença de certos aniões ou catiões, em quantidades manifestamente superiores à dos outros constituintes dissolvidos, constitui igualmente um critério para classificar as águas por tipos.
A esmagadora maioria das águas presentes no mercado português é água sem gás (lisa). As águas gaseificadas naturais, ou com anidrido carbónico acrescentado depois da captação no sub-solo, são menos populares.
Sinais de desidratação
- Produção de urina com coloração e cheiro intensos e pouco frequente;
- Boca, lábios e pele secos;
- Fraqueza muscular e articular;
- Dores de cabeça;
- Dificuldade de concentração;
- Fadiga;
- Prisão de ventre
Edição: Stela Martins
Agradecimentos: José Martins Carvalho, hidrogéologo
Fotografia: Dior
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