Rico em vitamina C, o pimento sininho de Natal é
também uma boa fonte de vitamina B1 e B2.

Na culinária, é usado em diversos pratos cozinhados
e em molhos picantes (numa escala
de 1 a 10 tem 6), conservas e pickles.

Serve
também como corante e aromatizante para
a indústria de condimentos alimentares. Este vegetal possui ainda boas propriedades
antioxidantes e efeitos benéficos na
circulação sanguínea, dores musculares e
artrites (capsaícina).

A parte comestível é o fruto (casca), que tem a
forma de sino ou campânula. Originária da região central da América do Sul
(Brasil, Bolívia, Colômbia e Peru), esta planta com 50-120 cm
de altura tem folhas simples que terminam em
ponta. As suas raízes desenvolvem-se superficialmente
e têm 60 a 90 cm de comprimento.

Factos históricos

Em 1493, Pedro Mártir
fez referência a uma série de plantas
encontradas por Colombo, que eram muito consumidas pelos nativos, sendo
mais picantes que a pimenta do Cáucaso.
Este tipo de pimentos picantes, também
foram e ainda são chamados de Chili ou
Chile, do nome Inca da planta. Curiosamente, esta planta é ainda conhecida por designações curiosas como pimento lanterna, chapéu de frade e coroa de bispo.

Ciclo biológico e polinização

O ciclo biológico desta planta pode ser anual, entre
170-240 dias, mas também pode ser
perene (2-3 anos). No que diz respeito à polinização, estas plantas são todas auto-férteis,
apenas precisando de uma pequena brisa
para se dar a fecundação. As flores são
hermafroditas (têm os dois sexos) e
aparecem geralmente em Agosto e Setembro.

Condições ambientais

Esta planta prefere solos de textura mediana
(arenosos ou francos), soltos, profundos, bem
drenados e com uma boa quantidade de
matéria orgânica. O pH deve ser de 6,0 a 7,0.
Requer ainda muita luz para se desenvolver melhor.

A hora da colheita

O seu fruto deve ser colhido a partir de Outubro até
Dezembro, quando o fruto já apresenta
mais de 50 por cento da superfície vermelha.

Texto: Pedro Rau (engenheiro hortofrutícola)