A opinião é partilhada pela maioria dos portugueses, grandes consumidores deste alimento. Existem poucas coisas tão apetitosas como uma variada tábua de queijos. Do francês camembert ao mais usual flamengo, passando pelo requeijão, pelo queijo de cabra, pelo serra da Estrela ou pelo irresistível queijo de Nisa, entre muitos e muitos outros, é mesmo muito difícil escolher. Com um valor nutricional muito importante para uma dieta equilibrada, convém conhecê-los melhor para saber quando e quanto comer. Nós damos-lhe uma ajuda.

A essência do queijo

«O queijo é uma excelente fonte de proteínas de alto valor biológico, cálcio, zinco, fósforo, magnésio, vitaminas do complexo B, vitamina D e vitamina A», explica Alexandra Bento, nutricionista. «No entanto, como é bastante rico em gordura (pode chegar aos 45 por cento), na sua maioria saturada, é importante não abusar no consumo», aconselha, acrescentando que este alimento «faz parte do grupo dos lacticínios dos quais devemos consumir duas a três porções diariamente». «É importante respeitar as doses diárias recomendadas de lacticínios e saber combiná-los ao longo do dia», sublinha.

Quando e como consumi-los

«O pequeno-almoço e as merendas da tarde e da manhã são bons momentos para consumir uma porção de queijo, pelo que, por exemplo, poderá acompanhar o sumo natural de laranja e o pão com uma porção de queijo camembert», sugere Alexandra Bento. A especialista refere ainda que este alimento também «pode ser consumido ao almoço e ao jantar, adicionado às saladas, em substituição da carne ou peixe ou na composição de quiches».

E deixa uma proposta deliciosa, uma salada de queijo fresco com alface frisada, roxa e rúcula, massa fusili, tomate cherry, pinhões, nozes, temperado com orégãos e um fio de azeite. Uma tentadora refeição, muito leve, que pode perfeitamente servir de almoço ou de jantar num daqueles dias em que tem menos fome ou ainda como parte integrante de um regime hipocalórico de emagrecimento e perda de peso.

Delícias razoáveis

Se é uma apreciadora de doces, também tem várias oportunidades de usar os vários tipos de queijo na elaboração de sobremesas. A tarte de requeijão é um bom exemplo. Mas há mais. «Este pode ser utilizado na culinária conventual em substituição das natas, uma vez que dá consistência e tem valor energético inferior e valor nutricional bastante superior», refere a nutricionista. O que não pode esquecer é que estes doces se destinam aos dias festivos e não ao dia a dia.

As versões light

Em alguns casos, estas versões possuem menos 50 por cento de gordura. Assim sendo, «são recomendadas a pessoas que sofram de excesso de peso ou de obesidade ou tenham algum problema de hipercolesterolemia (colesterol alto)». Mas, atenção, nem tudo são vantagens e benefícios. «Apesar de ser light é importante também não abusar do seu consumo, porque continua a ser uma fonte de gordura importante, devendo ser respeitadas as recomendações do consumo diário de laticínios», sublinha Alexandra Bento.

Texto: Alexandra Pereira com Alexandra Bento (nutricionista)