Se faz cara feia às ervilhas, está na hora de saber que elas são dos alimentos mais ricos em antioxidantes, capazes de proteger o organismo das agressões externas, como o frio.

Apesar do sabor adocicado, sabe-se que as ervilhas nem sempre fazem parte dos alimentos mais apreciados, tanto por crianças como por adultos.

Mas a verdade é que a ciência tem desvendado muitas vantagens associadas ao seu consumo.

Por exemplo, o Fichier Canadien sur les Élements Nutritifs, publicado em 2005 pela Santé Canada, sublinha que são as leguminosas mais ricas em antioxidantes, que protegem as células do corpo dos danos provocados pelos radicais livres – resultantes de agressões como a poluição, os raios solares, o frio, etc..

As ervilhas apresentam sobretudo, segundo a mesma fonte, uma grande quantidade de dois antioxidantes da família dos carotenóides – a luteína e a zeaxantina – conhecidos por ajudarem a prevenir os problemas de visão associados ao envelhecimento.

Anatomia da ervilha

Para acabar com as recusas à mesa, é possível mascarar as ervilhas até se aprender a gostar do seu paladar. A sopa é a rainha na arte do disfarce já que é um tipo de confecção culinária que consegue preservar a sua qualidade
nutricional.

Saiba que uma taça de sopa de ervilhas guarda quantidades importantes de:

• Vitamina K, ajuda à absorção do cálcio, importante para os ossos e dentes;
• Vitamina C, actua como antioxidante natural;

• Ácido fólico, essencial para o funcionamento do sistema nervoso;

• Vitamina B1 (tiamina), participa no metabolismo dos hidratos de carbono;

• Alto teor de proteínas, fundamentais para o crescimento, desenvolvimento e reparação das células, tecidos e órgãos;

• Manganês, mineral importante para formação dos ossos, pele, etc.

Mas os seus benefícios são mais abrangentes. Várias pesquisas destacam a sua riqueza em fibras solúveis, com efeitos comprovados na redução do colesterol no sangue, impedindo a sua absorção e potenciando a sua eliminação através das fezes.

Alias, é também graças às suas fibras que a American Heart Association recomenda o consumo de ervilhas como forma de melhorar o trânsito intestinal.

Contudo, é comum ouvir-se dizer que as leguminosas são “muito pesadas”. Na verdade, elas potenciam uma sensação de saciedade porque reúnem fibras e amido (o “açúcar complexo” que lhe dá o sabor mais doce) que têm uma digestão lenta, deixando-nos sem apetite por mais tempo.

Mas isto não quer dizer que sejam muito calóricas. Pelo contrário, as ervilhas têm valor calórico muito baixo (a dose diária recomendada, que é igual a uma chávena de café cheia, tem apenas 35 calorias).

Assim, integradas numa alimentação saudável, são opções que ajudam a manter a linha no Inverno.

Helena Cid - Nutricionista