Não nos cansamos de o dizer! Não só não é novidade que as dietas radicais não funcionam, como é muito melhor aproveitar o lado medicinal da natureza do que tomar medicamentos. A curto prazo vemos resultados mas, a longo, o mais provável é o peso extra regressar.  Dieta é um regime alimentar que devemos manter ao longo da vida, desde que este satisfaça as necessidades particulares e não algo que imponha sofrimento ou retire o prazer de comer.

Sirt ou não sirt?

A grande revolução de 2016 são os sirts, um recém-descoberto grupo de alimentos ricos em nutrientes especiais que, quando consumidos, conseguem ativar no nosso corpo o mesmo gene magro, a sirtuína, que as dietas de jejum. E isto é bom porquê? É que, quando jejuamos, a redução dos níveis de armazenamento de energia ativam aquilo que é conhecido por gene magro, agindo como reguladores do metabolismo.

Durante esse processo, estimulam não só a queima de gordura, mas também promovem o aumento muscular e a saúde celular. Além disto, os investigadores perceberam que os alimentos referenciados como sirts eram primordiais em satisfazer o nosso desejo de sabor, respondendo aos nossos sete grandes recetores de sabor. As sirtuínas, uma família de genes, são especiais.

Ativam processos dentro das nossas células que influenciam coisas tão importantes como a capacidade de queimar gordura, a propensão (ou não) para a doença e a nossa longevidade. Estes genes são ativados pelo jejum, mas também pelo exercício, o que torna a dieta complicada. Em pleno século XXI, muitas vezes é complicado depender só destes dois.

E, aqui, ativar as sirtuínas através dos alimentos ricos em sirts pode fazer toda a diferença. Para os especialistas em nutrição Aidan Goggins e Glen Matten, autores do livro «A Dieta Sirt», o que faz mais sentido não é as pessoas procurarem um comprimido que possua estes nutrientes tão complexos e sintetizados mas, sim, incluir os alimentos sirts na sua dieta.

O que os especialistas descobriram

Na verdade, à medida que aprofundaram a sua investigação neste campo, os autores fizeram uma descoberta surpreendente. Descobriram que as melhores fontes de sirts encontram-se na alimentação dos povos que apresentam a menor incidência de doenças e de taxas de obesidade do mundo, como os índios americanos Kuna ou os japoneses de Okinawa.

Curiosamente, mais do que a contagem de calorias, a dieta tradicional mediterrânica é aquela que reúne mais consenso para a perda de peso, pois contém sirts potentes, como o azeite virgem ou o vinho tinto. Dizem-nos desde pequenos que a fruta, os legumes e os alimentos de origem vegetal são benéficos, porque contêm vitaminas e antioxidantes.

Mas há mais! Também são bons, porque introduzem um certo stresse nas nossas células, através dos polifenóis, asseguram os autores da obra. Como é que o nosso corpo reage a isto? Estimulando as nossas vias de reação ao stresse, os genes da sirtuína.

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Se a Adele consegue, nós também!

A cantora Adele nunca fez questão de emagrecer para seguir os padrões de beleza impostos, principalmente, às famosas. Contudo, a britânica voltou a ser notícia por ter feito dieta e perdido 30 quilos. Em entrevista à revista americana People, a cantora contou ter perdido todos esses quilos ao longo de dois anos, mas não por causa da estética. «Nunca me quis parecer com as modelos das capas de revistas», desabafa.

«Represento a maioria das mulheres e estou muito orgulhosa disso. Se decidi mudar o meu corpo foi estritamente por razões de saúde», declarou ainda. Para o conseguir, a celebridade, intérprete de êxitos globais como «Rolling in the deep», «Someone like you» e «Hello», adotou novos hábitos, parou de fumar, aderiu ao vegetarianismo e largou o sedentarismo.

O pilates foi um grande aliado para movimentar o corpo e ajudou Adele a fazer as pazes consigo mesma. O resultado, segundo ela, foi o reencontro com o bem-estar. «Comecei a sentir-me cada vez melhor, tanto física quanto mentalmente», disse, ao frisar a importância de ter seguido a dieta ao lado do marido, o que tornou a perda de peso mais fácil.

Os alimentos sirt

A Dieta Sirt é uma dieta de inclusão que demonstra quão poderosa pode ser uma alimentação correta. Os alimentos recomendados não só estimulam o nosso gene magro, como ainda respondem às sete principais sensações de sabor. Estes são os que deve privilegiar:

- Alimentos doces

Os morangos e as tâmaras figuram no topo da lista.

- Alimentos salgados

O aipo e o peixe são dois dos mais indicados.

- Alimentos ácidos

Os morangos, um fruto rico em vitamina C, ácido fólico e ácido elágico, são os mais recomendados.

- Alimentos amargos

O cacau, a couve-galega, a chicória, o azeite virgem extra e o chá verde figuram na lista.

- Alimentos acres

As malaguetas e o azeite virgem extra materializam a definição de alimentos sirt.

- Alimentos adstringentes

O chá verde e vinho tinto são dois dos ingredientes apontados.

- Alimentos deliciosos

Os especialistas incluem a soja, o peixe e a carne nesta categoria.

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3 alimentos sirt descodificados

O livro «A Dieta Sirt», publicado em Portugal pela editora Lua de Papel, da autoria de Aidan Goggins e Glen Matten, explica não só os alimentos sirts, como oferece um plano detalhado a seguir, juntamente com receitas. Estes são apenas três dos que deve considerar:

- Cacau

Rico em flavonoides, melhora a pressão arterial, o fluxo sanguíneo, o controlo de açúcar no sangue e o colesterol. Estudos defendem ainda os seus efeitos positivos na diabetes, cancro e memória.

Chá verde

Está ligado a taxas muito baixas de doenças coronárias e de cancro comum, tendo ainda propriedades termogénicas, aumentando a quantidade de energia que o corpo queima, ajudando na perda de gordura, mas mantendo o músculo.

- Açafrão

Conhecido como o ouro indiano, tem propriedades anti-inflamatórias e cicatrizantes, devido a conter curcumina, um poderoso sirt.