De acordo com o relatório final do surto, a doença do legionário, registada com maior incidência nas freguesias de Vialonga e da Póvoa de Santa Iria/Forte da Casa, causou 12 mortos e infetou 375 pessoas.

Atualmente, decorre um inquérito no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) da Comarca de Lisboa Norte - Vila Franca de Xira.

Em comunicado, o município refere que, "passado um ano e cinco meses", entendeu ser pertinente "solicitar informação sobre o ponto de situação do inquérito criminal em curso".

"Tendo sido tornada pública, em outubro de 2015, a informação de que, naquele momento, o inquérito se encontrava em fase adiantada, a autarquia considera ser tempo de se encontrarem conclusões, ainda que reconhecendo a complexidade do caso", refere.

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A Lusa contactou a PGR para tentar obter uma reação, mas, até ao momento, tal não foi possível.

O surto registado em Vila Franca de Xira, o terceiro com mais casos em todo o mundo, foi considerado extinto a 21 de novembro, tendo na altura o então ministro da Saúde, Paulo Macedo, realçado a resposta dos hospitais, que "trataram mais de 300 pneumonias".

Com a divulgação de resultados laboratoriais a apontar para uma relação entre as bactérias recolhidas em doentes para análise e aquelas encontradas numa torre de refrigeração da empresa Adubos de Portugal, e com o caso a passar para a Procuradoria-Geral da República, o segredo de justiça é a justificação de algumas entidades, como a Inspeção Geral da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território (IGAMAOT), para não se falar sobre o desenvolvimento do processo.

A doença do legionário, provocada pela bactéria legionella pneumophila, contrai-se por inalação de gotículas de vapor de água contaminada (aerossóis) de dimensões tão pequenas que transportam a bactéria para os pulmões, depositando-a nos alvéolos pulmonares.