A quota média de venda de medicamentos genéricos caiu pela primeira vez desde janeiro de 2017, altura em que já se tinha registada uma quebra na venda destes fármacos.

A quebra foi de três décimas, entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019 (48,5% para 48,2%, respetivamente), de acordo com os dados do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde (CEFAR). 

Para o presidente da Associação Nacional das Farmácias (ANF), Paulo Cleto Duarte, os dados são reveladores de que "o regime de incentivos está esgotado e deve ser revisto por outro que tenha como objetivo o crescimento da quota", lê-se numa nota de imprensa.

O mecanismo de incentivos à dispensa de genéricos resulta do acordo assinado entre o Ministério da Saúde e a ANF em Janeiro de 2017, como forma de combater a tendência de estagnação de venda de genéricos e diminuir a despesa do Serviço Nacional de Saúde.

Em janeiro de 2019, a poupança do Estado na venda de genéricos foi de 400 mil euros. O Estado paga às farmácias 35 cêntimos por cada embalagem dispensada.