Em resposta à Lusa, na sequência de denúncias de sinais de “exaustão” de auxiliares e enfermeiros deste serviço, por “já não suportarem ter de andar de trás para a frente com as cafeteiras elétricas” em que têm que aquecer a água para os cuidados de higiene aos doentes, o enfermeiro-diretor do HDS admite a existência do problema, tendo em conta que se trata de “uma estrutura antiga”, mas nega as dificuldades apontadas.
Sem adiantar há quanto tempo dura a avaria, João Formiga assegurou que a reparação “já está agendada, tendo sido condicionada pelas condições climatéricas”, e garantiu que “todos os doentes internados ou que tenham recorrido ao serviço de urgência, com necessidade de cuidados de higiene, fizeram-no, com recurso a água quente, nunca ficando essa situação comprometida”.
A denúncia recebida pela Lusa, e confirmada por várias fontes hospitalares, afirma que o serviço de urgência do HDS está sem água quente “pelo menos há sete meses”, sendo que alguns dos profissionais contactados afirmaram que acontece "desde abril" de 2019, o que cria constrangimentos, dado que o aquecimento tem sido feito com recurso a cafeteiras elétricas.
Por outro lado, algumas das fontes referiram que “chove” dentro das instalações das urgências, “nos corredores, gabinetes e triagem”, tendo que ser colocados baldes para amparar a água.
João Formiga adiantou que também esta situação tem agendada a reparação e que “nunca a segurança dos utentes ou dos profissionais foi comprometida devido a isso”.
“Todas as situações referenciadas foram monitorizadas e encaminhadas para resolução”, afirmou, acrescentando que diariamente procede a uma avaliação da situação naquele serviço, nunca lhe tendo sido relatado "nenhum caso de exaustão, pelo que esta situação não corresponde à realidade”.
O enfermeiro-diretor salienta que “o cansaço dos profissionais é natural nesta altura do ano”, dado estar-se em Plano de Contingência, “tendo, contudo, sido reforçadas as equipas de enfermeiros e assistentes operacionais”.
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