Num comunicado dirigido hoje à academia e enviado à agência Lusa, a reitoria da UÉ determinou que as aulas suspensas que não possam ser substituídas por ensino à distância “serão repostas assim que a situação normalizar, podendo eventualmente vir a ser alterado o calendário escolar”.
Nesta mesma informação, a reitoria apelou “à comunidade académica para que mantenha o civismo, bem como a observância das medidas de contenção amplamente divulgadas pelas autoridades de saúde, mantendo a distância social”.
“A autoridade de saúde local considera não haver critérios epidemiológicos que justifiquem encerramento das instalações”, acrescentou a reitoria.
Segundo a UÉ, atendendo ao “alarme social” e à “instabilidade que se vive atualmente”, além da suspensão das aulas presenciais, foram tomadas outras medidas, como “a suspensão de todos os estágios” e “de reuniões de júri ou concursos públicos presenciais” no espaço da universidade.
“Nenhuma deslocação em serviço será autorizada e as que já estão autorizadas são suspensas, incluindo as deslocações para júris de provas ou concursos públicos”, acrescentou.
No âmbito do plano de contingência implementado para fazer face à doença Covid-19, a Universidade de Évora já tinha decidido, anteriormente, outras medidas preventivas.
A 09 de março, a UÉ anunciou o adiamento de todos os eventos marcados para os espaços da universidade, até dia 22 deste mês, assim como o cancelamento, até dia 30, das visitas turísticas ao Colégio do Espírito Santo e ao Centro Interativo de Arqueologia, no Palácio do Vimioso.
No comunicado de hoje, é referido que se mantêm “todas as decisões já tomadas anteriormente no que diz respeito a eventos culturais, atividades desportivas e visitas aos edifícios”.
Estão “abertas todas as residências universitárias, bem como as cantinas, com o serviço de ‘take away’ a funcionar”, disse a UÉ, referindo que “estas medidas mantêm-se em vigor até decisão contrária”.
“A gestão de uma crise desta natureza requer responsabilidade, articulação constante com as autoridades competentes, de forma a evitar alarmismos e intervenções setoriais ou isoladas que, em termos de saúde pública, são frequentemente contraproducentes”, argumentou a UÉ.
A UÉ, a Administração Regional de Saúde do Alentejo e a Câmara de Évora divulgaram hoje também um comunicado conjunto em que lembram que o território alentejano “tem-se mantido sem indivíduos infetados” e apelam “à não discriminação das pessoas não portuguesas que visitam a cidade, nela vivem, estudam e permanecem temporariamente, para que se sintam em segurança e bem acolhidas como sempre”.
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou a doença COVID-19 como pandemia, uma decisão que justificou com os "níveis alarmantes de propagação e de inação".
A pandemia de COVID-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.500 mortos em todo o mundo.
O número de infetados ultrapassou as 124 mil pessoas, com casos registados em 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
A Itália é o caso mais grave depois da China, com mais de 12.000 infetados e pelo menos 827 mortos, o que levou o Governo a decretar a quarentena em todo o país.
Acompanhe aqui, ao minuto, todas as informações sobre o novo coronavírus em Portugal e no mundo.
Comentários