6 de janeiro de 2013 - 14h28

A Universidade de Coimbra (UC) vai investir cerca de dez milhões de euros em equipamento científico e tecnológico, que serão suportados essencialmente por fundos comunitários, anunciou hoje a instituição.

“O primeiro equipamento de um conjunto de plataformas tecnológicas”, no âmbito deste investimento, será inaugurado na quarta-feira, durante uma sessão na Sala do Senado da Reitoria, adianta a UC, numa nota hoje divulgada.

Trata-se de uma plataforma de Ressonância Magnética Nuclear (RMN), que resulta da “fusão do laboratório de RMN do Departamento de Química (CCC-NMR) e da unidade de RMN do Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), unidades da Rede Nacional de Ressonância Magnética Nuclear”.

A ressonância magnética nuclear é uma “metodologia de ponta para a caracterização estrutural e dinâmica de moléculas e assume um papel central no desenvolvimento científico e tecnológico de um vasto número de áreas”.

“Prevemos que o futuro na UC nos traga moléculas novas com potencial terapêutico, compostos bioativos novos baseados no conhecimento de produtos naturais, novas ferramentas de diagnóstico para imagem médica, novos biossensores, novos polímeros e nanomateriais para distribuição de fármacos, recolha e armazenamento de energia, ou comunicação eletrónica”, afirma o coordenador da nova infraestrutura, Rui de Brito.

Mas acima de tudo, “baseado no mais profundo conhecimento dos fenómenos físicos e naturais, prevemos um futuro que ainda ninguém imaginou”, adianta Rui de Brito, citado na mesma nota.

As plataformas científicas e tecnológicas da UC que agora se anunciam foram desenhadas, desde o início, para “maximizar as oportunidades para todos os investigadores da universidade e instituições públicas e privadas da região, potenciar sinergias entre cientistas e racionalizar a utilização e manutenção do equipamento”, sublinha a UC.

“Dispor de equipamento avançado é essencial para a qualidade e para a dimensão global da investigação científica feita numa universidade”, salienta o reitor da UC, João Gabriel Silva, sustentando que “é ainda crucial para fixar e atrair investigadores de grande craveira”.

“Mas o nível de investimento necessário, e os custos de funcionamento, ultrapassam em regra a capacidade de grupos de investigação isolados”, adverte o reitor.

Este “esforço financeiro global de cerca de dez milhões de euros” é “suportado essencialmente através do Programa Mais Centro”, no âmbito do QREN (Quadro de Referência Estratégica Nacional), refere a UC.

Lusa