20 de agosto de 2013 - 16h06

A Comissão Europeia anunciou hoje a atribuição de 1,5 milhões de euros para o financiamento de um projeto de investigação médica que procura a erradicação de tumores malignos através da destruição dos vasos sanguíneos que os alimentam.

O projeto Vampire (Vascular Antibody-Mediated Pharmaceutically Induced tumour Resection - Resseção tumoral mediada por anticorpos vasculares farmacologicamente induzida, em português) está a ser desenvolvido pela Universidade de Birmingham (Reino Unido) e pela Somantix, uma empresa holandesa de biotecnologia com sede em Utrecht.

Os investigadores propõem administrar fármacos para travar o processo denominado como "neoangiogenia", o aparecimento de novos vasos sanguíneos a partir de outros já existentes, indicou a Comissão Europeia, num comunicado.

A verba hoje atribuída pela Comissão ao projeto Vampire é o 50.º subsídio de investigação ao regime europeu de doutoramento industrial (REDI). O executivo comunitário concede estes subsídios desde 2012 a projetos que reúnem universidades e empresas de dois países europeus.

No caso do projeto Vampire, a Universidade de Birmingham e a empresa Somantix contam com o apoio da Universidade Politécnica Federal de Zurique e do Instituto de Investigação do Cancro do Reino Unido.

Para o responsável do projeto na Universidade de Birmingham, Roy Bicknell, esta verba vai ajudar a formar novas gerações de cientistas e vai permitir “que avancem investigações importantes do ponto de vista médico, mas também económico”, indicou a mesma nota informativa.

Do lado do executivo comunitário, a comissária europeia para a Cultura e Educação, Androulla Vassiliou, afirmou que este projeto é um grande exemplo do espírito de “colaboração intersetorial” que a Comissão procura fomentar.

Androulla Vassiliou destacou, citada no mesmo comunicado, a “mais-valia que pode representar o investimento da União Europeia (UE) na excelência, inovação e competitividade” como um meio para a colaboração entre universidades, empresas e centros de investigação dos países-membros.

Lusa