Esta ex-república soviética registou 481 mortes e 5.587 pacientes hospitalizados, nas últimas 24 horas, segundo as estatísticas de hoje neste país, que se encontra entre os mais pobres da Europa e com um sistema de saúde debilitado.

As autoridades ucranianas dizem que, em Kiev, uma cidade de mais de três milhões de habitantes, a situação é crítica.

“Se não detivermos a rápida progressão da doença em breve, o sistema de saúde da capital não vai aguentar”, alertou hoje o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko.

Desde segunda-feira, a capital ucraniana impôs novas restrições no combate contra a covid-19, com o transporte público a ficar acessível apenas para o trabalhadores de setores essenciais e com o encerramento de escolas e jardins infantis, depois de o ensino secundário ter passado a ensino à distância.

Desde o início da pandemia, a Ucrânia registou 1,78 milhão de infeções, incluindo quase 35.500 mortes, entre os cerca de 40 milhões de habitantes.

O processo de vacinação neste país iniciou-se em 24 de fevereiro, prejudicado por atrasos na entrega de doses e problemas logísticos, mas também por causa de um sentimento anti-vacina generalizado.

Até este momento, cerca de 320.000 ucranianos já receberam a primeira dose.

A Ucrânia adquiriu 500.000 doses da vacina AstraZeneca, produzida na Índia, e importou 215.000 doses da vacina chinesa CoronaVac, mas a sua aplicação ainda não foi iniciada.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou na terça-feira a conclusão de um contrato para a compra de 10 milhões de doses da vacina Pfizer, cuja entrega está prevista, segundo o Ministério da Saúde, até ao final deste ano.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.862.002 mortos no mundo, resultantes de mais de 131,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.