O Tribunal Criminal da Covilhã condenou uma obstetra do Centro Hospitalar da Cova da Beira a uma multa de 7.750 euros e a pagar as custas do processo por um caso que culminou com a rotura do útero de uma mulher grávida.

Segundo a Rádio Renascença, ficou provado que a especialista deveria ter optado por uma cesariana, embora tenha decidido induzir o parto, através de misoprostol, um fármaco que a farmacêutica que o produz diz estar contra-indicado para o efeito.

Segundo o relatório do Conselho Médico-Legal, o medicamento administrado por via vaginal causou a rotura do útero à parturiente, o que levou o feto a entrar na cavidade abdominal da mãe, provocando dores lancinantes nas gestante.

O tribunal deu como provado que houve má prática médica e que o desfecho poderia ter sido fatal, tanto para a gestante, como para o feto.

A mulher acabou por ser submetida a uma cesariana de emergência e o bebé acabou nasceu sem respiração e sem batimentos, tendo sido intubado e a situação revertida.