Uma equipa de investigadores afirma ter conseguidos avanços significativos no desenvolvimento de um exame de sangue que deverá no futuro ajudar médicos e cientistas a avaliar a propensão de um indivíduo para desenvolver a doença de Alzheimer.

10 sinais de alerta da Doença de Alzheimer
10 sinais de alerta da Doença de Alzheimer
Ver artigo

No estudo publicado pela revista científica Nature, os cientistas afirmam que o teste é capaz de detetar com 90% de exatidão uma proteína conhecida como beta-amiloide, associada à ocorrência desta doença neurodegenerativa. As conclusões foram obtidas a partir de estudos que envolveram 252 australianos e 121 japoneses com 60 a 90 anos.

Atualmente, os médicos realizam exames invasivos e caros para detetar a presença desta proteína no cérebro e, geralmente, quando a detetam a doença já está em estado avançado.

Não existe tratamento eficaz

Apesar de décadas de investigação científica, ainda não há tratamento que possa desacelerar o desenvolvimento desta doença neurodegenerativa e os fármacos existentes conseguem apenas aliviar alguns dos sintomas.

Por outro lado, um exame de sangue simples e de baixo custo poderá permitir que empresas farmacêuticas encontrem um grande número de pessoas em risco de desenvolver a doença para testar novos medicamentos, comenta Katsuhiko Yanagisawa, co-autor do estudo realizado no Centro Nacional de Geriatria e Gerontologia no Japão.

"Temos que aprender a diagnosticar a doença para então podermos ver os efeitos da intervenção terapêutica. É aí que o verdadeiro valor dos testes se manifestará", disse Colin Masters, professor da Universidade de Melbourne, que também participou no estudo.

A Doença de Alzheimer é a forma mais comum de Demência, constituindo cerca de 50% a 70% de todos os casos.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), um novo caso de demência é diagnosticado a cada quatro segundos em todo o mundo.