A previsão de subida da temperatura contrasta com o aumento de 0,9 graus centígrados registado desde 1910 até aos dias de hoje.

"Vamos presenciar mais dias quentes e menos dias frios. A temperatura vai continuar a subir durante o século XXI e a dimensão deste aumento vai depender das emissões globais dos gases com efeito de estufa e dos aerossóis", diz o relatório.

O estudo, intitulado "Alterações Climáticas na Austrália", conduzido pelo Departamento de Meteorologia e Organização de Investigação Industrial e Científica da Commomwealth (CSIRO), calcula que, num cenário de baixas emissões, a temperatura sofrerá um aumento entre 0,6 e 1,7 graus. Já no caso de elevados níveis de emissões, a subida da temperatura vai oscilar entre 2,8 e 5,1 graus.

Além do aumento dos dias mais quentes, os episódios de chuvas torrenciais também vão ser mais intensos, apesar da previsão de um declínio da média anual dos níveis de pluviosidade.

A subida do nível do mar foi de 20 centímetros desde o ano de 1900 e calcula-se que o aumento na linha costeira australiana para 2090 será "comparável ou ligeiramente acima das projeções globais de até 82 centímetros num cenário de alta emissão" de gases poluentes.

Um relatório anual divulgado este mês pela Agência Espacial dos Estados Unidos e pela Administração de Oceanos e Atmosfera do país revelou que a temperatura média do planeta em 2014 foi a mais alta em 135 anos, altura em que se começaram a fazer registos meteorológicos.

A temperatura da Terra situou-se 0,69 graus centígrados acima da média apurada durante o século XX, a qual corresponde a 13,9 graus centígrados, segundo o mesmo estudo.