O ano passado foi o ano mais quente alguma vez registado, com temperaturas globais 0.69º celsius superiores à média do século XX, relatam cientistas da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) e da Administração Nacional da Aeronáutica e do Espaço (NASA) dos Estados Unidos. As agências federais avançaram conjuntamente a informação esta sexta-feira.
Os cientistas indicam que 2014 foi 0.04º celsius mais quente do que 2005 e 2010, anos em que foram obtidos os anteriores recordes.
Desde 1880, altura em que se iniciou o registo sistemático das temperaturas anuais, não tinha havido um ano tão quente, quer em termos de temperaturas atmosféricas, quer no que toca às temperaturas dos oceanos.
"Achamos que os valores das temperaturas máximas continuarão a ser quebrados - não em todos os lugares e não todos os anos - mas sim de forma crescente, o que não augura nada de bom para uma civilização que está continuamente a enviar gases com efeito de estufa para a atmosfera", comenta Gavin Schmidt, diretor do Goddard Institute of Space Studies, da NASA, cita o Guardian.
Em Portugal ainda não há dados concretos, mas, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, 2014 deve estar entre os 12 anos mais quentes desde o início dos registos nacionais em 1931, escreve o jornal Observador.
As descobertas da NASA e da NOAA confirmam os relatórios da organização meteorológica das Nações Unidas e da Agência Meteorológica do Reino Unido, tanto como o estudo da homóloga japonesa.
Treze dos 15 anos mais quentes de sempre aconteceram depois de 2000.
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