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Miomas uterinos afetam entre 20 a 40% das mulheres em idade reprodutiva
28 de maio de 2013 - 16h43
Sociedade Portuguesa de Ginecologia reúne especialistas para debaterem principais patologias ginecológicas ao longo da vida da Mulher e apresenta o primeiro consenso nacional sobre os miomas uterinos, tumores benignos mais frequentes na mulher.
Nos dias 31 de maio e 1 de junho decorre, nas Caldas da Rainha, no Centro Cultural e de Congressos, a 176ª Reunião da Sociedade Portuguesa de Ginecologia (SPG), um encontro que junta profissionais da área com o objetivo de debater as principais doenças ginecológicas que afetam as mulheres ao longo da sua vida e onde será oficialmente apresentado o consenso nacional sobre os miomas uterinos.
“Cada sintoma e cada sinal podem ter um significado diferente consoante a fase da vida da mulher em que se manifestam, quisemos lançar um olhar pelas várias patologias ginecológicas ao longo da vida da Mulher, desde que é adolescente até idades mais avançadas”, explica Fernanda Águas, Presidente da SPG, relativamente à escolha do tema da Reunião.
No primeiro dia da reunião, pelas 14h, é apresentado o primeiro Consenso Nacional sobre os Miomas Uterinos, um documento será a base para as primeiras linhas de orientação clínica ao nível do tratamento dos Miomas Uterinos. “O Consenso Nacional para esta patologia é fundamental e aborda aspetos relacionados com o diagnóstico, tratamento médico e cirúrgico e casos especiais, que apoiam a tomada de decisão e a uniformização clínica e garantem a equidade no acesso aos cuidados, no âmbito do tratamento dos miomas uterinos” explica Fernanda Águas.
Patologia afeta 20 a 40% das mulheres
Os miomas uterinos afetam entre 20 a 40% das mulheres em idade reprodutiva e são uma patologia bastante comum nas mulheres. Estima-se que afetem 2 milhões de mulheres em Portugal.
“Os miomas uterinos são os tumores benignos mais frequentes nas mulheres. A maioria dos casos são assintomáticos e apenas descobertos num check-up ou durante a realização de exames por outro motivo. Contudo cerca de 30% dos casos provocam manifestações que podem variar significativamente consoante a sua localização, tamanho e número, e podem ser responsáveis por alguns problemas que afetam a saúde e a qualidade de vida da mulher” explica a especialista.
Fatores como a idade, história familiar, etnia, hábitos alimentares inadequados ou obesidade, podem aumentar o risco de uma mulher desenvolver miomas.
Ao longo dos dois dias da Reunião são abordados temas como os miomas uterinos, as hemorragias uterinas anormais, os tumores do ovário, a obesidade e patologias ginecológicas e a acupunctura aplicada à ginecologia.
SAPO Saúde
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