O relatório preliminar da fase de qualificação "identifica uma empresa, a Acciona, como a única que cumpriu todos os requisitos exigidos no concurso", revelou hoje à agência Lusa o presidente da Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, José Robalo.

Segundo o responsável, o relatório preliminar, elaborado após uma reunião do júri, já foi enviado às empresas concorrentes para, se assim o entenderem, se pronunciarem no prazo de cinco dias úteis.

"Os concorrentes ainda podem apresentar alguma justificação que permita não haver o processo de adjudicação, embora não tenham cumprido com os requisitos exigidos", assinalou o presidente da ARS do Alentejo.

Após vários avanços e recuos, ao longo dos últimos anos, o concurso público internacional para a construção do novo Hospital Central do Alentejo, a construir em Évora, foi lançado no dia 14 de agosto de 2019.

A construção do novo hospital envolve um montante total superior a 180 milhões de euros, uma vez que aos 150 milhões de investimento previsto, incluindo 40 milhões de fundos europeus, acresce 23% do Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA).

José Robalo indicou que, após a fase de auscultação das empresas, o júri voltará a reunir-se para produzir o relatório final e, nessa altura, "já haverá a escolha de um concorrente".

"A partir desse momento, segue para o Tribunal de Contas para que seja avaliado de forma prévia, antes de a adjudicação, e, se tudo correr dentro da normalidade, provavelmente, o processo de adjudicação poderá ser feito antes do final do primeiro semestre" deste ano, disse.

O Hospital Central do Alentejo, a construir na periferia de Évora, vai ter um edifício que ocupará uma área de 1,9 hectares e que terá uma lotação de 351 camas em quartos individuais.

Esta capacidade pode ser aumentada, em caso de necessidade, até 487 camas.

A futura unidade hospitalar vai dar resposta às necessidades de toda a população do Alentejo, com uma área de influência de primeira linha que abrange cerca de 200 mil pessoas e, numa segunda linha, mais de 500 mil pessoas.

A infraestrutura contará com 11 blocos operatórios, três dos quais para atividade convencional, seis para atividade de ambulatório e dois para atividade de urgência, cinco postos de pré-operatório e 43 postos de recobro.