"Desde finais de dezembro que praticamente não temos tido casos de paludismo e neste momento podemos dizer que a situação está controlada", garantiu o ministro, após ser questionado pela agência Lusa, na cidade da Praia, à margem de um encontro para apresentar planos sanitários regionais e assinar um protocolo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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No ano passado, Cabo Verde registou 447 casos de paludismo (malária), o maior número em quase 30 anos, e a maior parte na cidade da Praia, onde a doença foi declarada como uma epidemia pelas autoridades de saúde.

O pior mês de 2017 foi setembro, com 132 casos registados, numa média semanal a atingir os 26, entre contraídos localmente e importados. O ministro da Saúde destacou o "esforço" dos profissionais de saúde e a "grande parceria" com a OMS.

"Este trabalho, que foi importante, deve ser continuado, não estamos a baixar [a guarda]", referiu Arlindo do Rosário, que sublinhou o trabalho feito também pela Câmara Municipal da Praia e pelo Ministério do Ambiente.

Eliminação do paludismo em 2020

"Se conseguirmos trabalhar a montante, reduzindo os riscos que advêm de questões de saneamento, continuar a trabalhar com a população e mostrar que é um trabalho que não pode em nenhum momento diminuir, estou convencido que vamos cumprir com a nossa meta, que é a eliminação do paludismo em 2020", estimou o ministro.

Cabo Verde foi distinguido no ano passado pela Aliança de Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) com o prémio Excelência, pelos resultados alcançados no combate à malária.

É o único país africano em fase de pré-eliminação e quer eliminar os casos autóctones da doença até 2020.

Para isso, o ministro da Saúde voltou a apelar a colaboração e envolvimento de todas as entidades, sobretudo no trabalho da prevenção, desde Câmaras Municipais, ONG, empresas e de toda a população cabo-verdiana.

O paludismo, também conhecido por malária, é uma doença provocada por um parasita do género Plasmodium, que é transmitido aos seres humanos através da picada de uma fêmea do mosquito Anopheles.

Ainda não existe qualquer vacina para a doença, embora recentemente a OMS tenha aprovado a realização de estudos piloto da candidata mais avançada.