A decisão foi anunciada à agência Lusa no final de uma reunião do Forum Médico pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e pelo Sindicato Independente dos Médicos (SIM).

A FNAM tinha inicialmente previstos três dias de greve para abril, mas, segundo o dirigente João Proença, os dois sindicatos decidiram convergir e agendar uma paralisação conjunta de três dias para maio.

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A última reunião entre os sindicatos médicos e o Ministério da Saúde realizou-se a 8 de março. O próximo encontro entre as três entidades está marcado para o dia 28 deste mês.

O bastonário da Ordem dos Médicos considerou hoje que os profissionais têm cada vez mais razões para fazer greve e estimou uma forte adesão à paralisação prevista para maio.

“Cada vez há mais motivos para protestar. Têm todos os motivos e mais alguns, tanto que é difícil eleger os principais”, afirmou o bastonário.

Entre as reivindicações dos sindicatos tem estado a redução da lista de utentes por médico de família e a diminuição de 18 para 12 horas semanais de serviço de urgência obrigatório.

Mais reivindicações

A revisão da carreira e das grelhas salariais dos médicos, tendo por base o regime das 35 horas semanais, é outra das exigências da classe.

O descongelamento imediato da carreira médica e a devida progressão salarial, bem como o propósito de dar um médico de família a todos os cidadãos estão igualmente entre as propostas defendidas pela estruturas representativas dos médicos.

Os médicos pretendem também a abertura de concursos anuais, a criação de um estatuto profissional de desgaste rápido, a separação progressiva dos setores público e privado, além do limite do trabalho extraordinário anual para 150 horas, “em igualdade com toda a outra função pública”.