“Foi uma informação transmitida pelo diretor de serviço, decorrente de uma decisão do conselho de administração, porque havia vários dias incompletos e com previsão de mais de metade dos dias do mês fechado”, adiantou Carlos Cortes.

Segundo o dirigente, trata-se de uma decisão decorrente da falta de recursos humanos, bastante lesiva para a área de influência do Centro Hospitalar do Baixo Vouga.

“Prejudica o atendimento às grávidas, que terão de ser reencaminhadas para outras unidades, nomeadamente para Coimbra, Viseu e mais a norte”, referiu o presidente da SRCOM, salientando que a situação “irá sobrecarregar essas unidades, já por si com imensas dificuldades”.

Já durante a tarde de hoje, Carlos Cortes tinha alertado para a existência de problemas no funcionamento nos serviços de obstetrícia/ginecologia da região Centro, dada a “grande dificuldade em terem escalas completas”.

“Muito precocemente, em junho, a SRCOM teve o cuidado de fazer uma reunião com todos os diretores da região Centro, em que os diretores expressaram a sua grande dificuldade em ter escalas completas, muitos deles prevendo vários turnos encerrados no atendimento da obstetrícia/ginecologia”, sublinhou.

Salientando que a Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro foi alertada, Carlos Cortes considera “impossível qualquer pessoa afirmar que as urgências de obstetrícia da região Centro em qualquer dos hospitais não vão encerrar, pelo menos neste período do verão”.