24 de março de 2014 - 13h29
Os doentes com dificuldades económicas vão receber senhas de transporte e ter direito a um pequeno-almoço como “incentivo” para cumprirem até ao fim o tratamento contra a tuberculose, que costuma durar seis meses, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde.
O anúncio foi feito pelo diretor-geral da Saúde, Francisco George, e o coordenador do Programa Nacional para a Infeção VIH/Sida, António Diniz, no Dia Mundial da Tuberculose, que se assinala hoje.
Nesta cerimónia, os responsáveis da DGS congratularam-se com a descida de novos casos da doença – 2.142 em 2013 e 2.399 em 2012 – e sublinharam a necessidade dos tratamentos serem feitos até ao final.
Por essa razão, os locais onde os doentes com tuberculose costumam receber os medicamentos – que tomam mediante observação dos profissionais de saúde – vão passar a dispor de um pequeno-almoço para os infetados com necessidades económicas.
Outra ajuda que as autoridades de saúde vão assegurar é a oferta de senhas para transporte, de modo a que as dififuldades financeiras não impeçam as deslocações até aos locais para a toma assistida.
A coordenadora do Centro de Tuberculose, Raquel Duarte, disse na cerimónia de apresentação dos dados da doença em 2013 que “os incentivos aumentam o sucesso do tratamento”, uma situação que está “comprovadíssima”.
Por seu lado, António Diniz – que não gosta do termo “incentivo” – recordou que podem existir limitações à toma do medicamento por parte do doente, como o nível do preço dos transportes, pelo que as senhas de transporte podem ajudar.
“A toma do medicamento é limitada no tempo, só durante o tratamento, e o investimento nas senhas e no pequeno almoço será seguramente suplantado pelos benefícios”, disse.
Lusa