O centro que documenta os efeitos secundários dos medicamentos nos Países Baixos (Lareb) recebeu 15 relatórios, 12 dos quais em mulheres e três em homens, de trombose combinada com uma baixa contagem de plaquetas em pessoas que tinham recebido, nos dias anteriores, uma vacina contra a COVID-19 da farmacêutica AstraZeneca.
De todas as pessoas afetadas, seis tinham mais de 60 anos, o que mostra que “a rara combinação de trombose extensa e baixo número de plaquetas também é um efeito secundário da vacina” nesta faixa etária, sublinhou a diretora do Lareb, Agnes Kant, acrescentando que “o efeito secundário é raro”.
Esta reação adversa da vacinação já está incluída como advertência no prospeto das vacinas da AstraZeneca e da Janssen, por indicação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA), que investigou os casos detetados em diferentes países e considerou que havia um “possível vínculo” com a vacinação.
Os Países Baixos só estão a usar a vacina da AstraZeneca em maiores de 60 anos, mas mantêm a vacinação com a vacina da Janssen para todos os grupos etários.
O uso da vacina da AstraZeneca foi restringido na maioria dos países da UE devido a casos raros de trombose relacionados com a sua aplicação, sendo as suas doses administradas apenas a pessoas com mais de 50, 55 ou 60 anos, em muitos países.
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 3.306.037 mortos no mundo, resultantes de mais de 158,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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