Numa visita às obras na Escola do Parque, o presidente da Câmara, Jorge Vultos Sequeira, adiantou que já gastou cerca de dois milhões de euros desde 2018 na substituição das coberturas cuja composição integrava o produto que pode contaminar o ar devido à libertação de partículas.
"Decidimos que até ao final do nosso mandato todos os edifícios escolares de responsabilidade direta da Câmara Municipal iam ficar livres de amianto", declara o socialista Jorge Vultos Sequeira, a propósito do programa executado por fases.
Na primeira, foram intervencionadas as escolas de Fundo de Vila e do Parrinho; na segunda etapa, a de Casaldelo e os jardins de infância das Travessas e da Devesa Velha; e, atualmente, estão em curso trabalhos nas escolas do Parque e dos Ribeiros. Só nas operações em estabelecimentos de ensino municipais foram aplicados 402.000 euros, 108.000 dos quais na terceira etapa do programa, que é a que está agora a decorrer.
A essas obras acresce ainda a requalificação da Escola Secundária Serafim Leite, que, embora financiada pelo Estado e com conclusão prevista só para finais de 2021, também abrange a substituição de amianto.
Os restantes cerca de 1,6 milhões de euros de investimento camarário na remoção desse material de risco foram aplicados nos telhados do Complexo Desportivo Paulo Pinto, do Centro Coordenador dos Transportes, da Casa das Associações e dos 11 prédios habitacionais que a Câmara detém no Orreiro.
Quanto às intervenções que ficam em falta para que todo o amianto seja retirado dos edifícios públicos municipais de São João da Madeira, Jorge Vultos Sequeira diz que envolvem "vários prédios", distribuídos por diferentes zonas do concelho, e que o principal é a Escola EB 2,3, que, para esse efeito, foi "inscrita na lista prioritária do Governo".
Jorge Vultos Sequeira adiantou que "aí já se iniciaram obras pelo Governo", mas disse que "ainda há amianto em alguns pavilhões" da escola, pelo que irá negociar com o Estado a melhor forma de concluir o procedimento.
Em lista de espera restam depois "cerca de 20 edifícios" cuja propriedade é partilhada entre a autarquia e cidadãos particulares, como acontece no bairro da Mourisca, pelo que quaisquer obras só poderão verificar-se mediante "acordo entre todas as partes".
Jorge Vultos Sequeira realçou ainda que, sempre que possível, esses trabalhos de substituição de coberturas vêm implicando medidas para "reforço do conforto térmico e resolução de problemas de infiltrações", até porque, sobretudo no caso das escolas, estão em causa "estruturas com algumas décadas de muita utilização".
Quanto às medidas de contingência para contenção da pandemia de covid-19, o representante da construtora Teodoro Valente Lda., que tutela a obra em curso na Escola do Parque, diz estar a seguir as mais recentes medidas impostas pela Direção-Geral da Saúde e garante que essas cautelas já eram elevadas antes da pandemia no que se refere especificamente ao amianto.
"Como este material é perigoso, houve pouca alteração. Já antes usávamos máscaras e fatos, como os médicos", assegurou André Valente.
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