ProctoGlyvenol

Há contextos em que frases que ganharam a voz popular assumem todo o sentido. Entre elas a expressão “há que tirar o elefante da sala”. Ou seja, há que desanuviar o ambiente ou, se quisermos, há que enfrentar o assunto que nos causa desconforto. Para mais, quando este assunto, o que aqui trazemos, afeta grande parte da população, embora sobre ele continuem a pairar tabus. Conversar é um dos melhores caminhos para o entendimento, para nos libertarmos do peso que nos atormenta e, quantas vezes, para encontrarmos a melhor solução.
Falemos de hemorroidas e da doença hemorroidária e de como a websérie em quatro episódios “Que Alívio!”, transmitida aqui este mês de abril, se propõe a desmistificar de forma descontraída esta doença.
Contas feitas, serão quatro as conversas com outros tantos convidados. Episódios que prometem decorrer com humor, empatia e franqueza. Afinal de contas todos temos hemorroidas. Alguns, entre nós, desenvolverão doença hemorroidária. Neste contexto, Mariana Seara Cardoso e Sara Andrade, ambas influenciadoras; João Neto, maratonista e também a enfermeira Ana Pires partilharão de viva-voz as suas experiências em diferentes contextos.
A websérie vai debruçar-se na doença hemorroidária em três situações concretas: durante a gravidez, no caso das mães e nos praticantes de desporto. Sempre com conversas que também nos apontam soluções com dicas úteis, por exemplo para atenuar o desconforto. Porque viver com o incómodo da doença hemorroidária não é uma sentença definitiva. Há comportamentos que mitigam o seu aparecimento ou agravamento (como por exemplo uma alimentação adequada e mudança no estilo de vida), assim como diferentes abordagens terapêuticas dependendo da gravidade dos sintomas.

Doença hemorroidária na gravidez e no desportista
Os sintomas associados à doença hemorroidária são "particularmente comuns durante a gravidez, sobretudo no último trimestre e também no pós-parto. Estima-se que 30 a 40% das grávidas apresentam sintomas relacionados com as hemorroidas", de acordo com um artigo publicado na European Review for Medical and Pharmacological Sciences
A doença hemorroidária surge na gravidez devido ao aumento de pressão no interior do abdómen, causada pelo bebé, ao aumento do volume sanguíneo que ocorre nesta fase da vida, às alterações dos músculos pélvicos e à prisão de ventre ou obstipação, que é também comum durante a gestação. Quando tal não acontece, as hemorroidas no pós-parto podem vir a desaparecer com a ajuda de um anti-hemorroidário, pouco depois do bebé nascer.
No caso dos desportistas, há que considerar que a doença hemorroidária traz outros desafios devido ao esforço físico intenso, à pressão intra-abdominal elevada e, muitas vezes, a dietas específicas que podem predispor à obstipação. Assim, neste contexto impõe-se uma dieta adequada; o ajuste da carga ou da intensidade do treino, o fortalecimento da musculatura abdominal, de forma a reduzir a pressão excessiva sobre as veias hemorroidárias.
Em ambos os contextos, é importante sublinhar que o tratamento tópico (ver caixa) é recomendado como primeira linha, nas hemorroidas e em diferentes doenças anais e perianais, sendo útil para aliviar a dor e o desconforto, reduzindo as hemorroidas rapidamente.

Sobre a doença hemorroidária
No que toca à doença hemorroidária e como aproximação aos temas tratados na websérie “Que Alívio!” há, como aqui já sublinhado, que frisar que todos temos hemorroidas. Estas são plexos vasculares, ou seja, conjuntos de vasos sanguíneos que existem no canal anal e fazem parte da nossa anatomia normal. Em certas circunstâncias estes vasos sanguíneos apresentam-se inflamados e dilatados. Quanto tal acontece, a comunidade médica denomina este estado de doença hemorroidária.
Junta-se a este facto que a condição atrás descrita "pode surgir em qualquer idade, mesmo em crianças, embora seja mais frequente a partir dos 45 anos de idade. Estima-se que aproximadamente 50% da população acima dos 50 anos irá apresentar sintomatologia hemorroidal em algum momento de sua vida", de acordo com a fonte já citada.
As hemorroidas dividem-se em internas e externas, consoante a sua localização seja mais no interior do canal anal ou na porção mais exterior do ânus, debaixo da pele.
De forma sucinta, refira-se que os sintomas associados às hemorroidas passam por perdas de sangue, protusão (prolapso) durante a evacuação, sensação de evacuação incompleta (tenesmo), prurido (comichão) ou dor na região anal.
O diagnóstico pode ser feito através da inspeção anal e perianal, o toque retal e a anuscopia. Por vezes pode ser pedida uma retossigmoidoscopia ou colonoscopia para despistar outras doenças.
Independentemente do contexto, da gravidade da mesma ou da terapêutica a seguir há que “tirar do armário” o tema da doença hemorroidária. Normalizar esta questão é um caminho para mitigar o desconforto. A websérie “Que Alívio!” ajuda-nos nesse caminho.
Procto-Glyvenol - Medicamento não sujeito a receita médica, indicado no tratamento de hemorroidas externas e internas. Contraindicado em casos de hipersensibilidade às substâncias ativas ou a qualquer um dos excipientes. O Procto-Glyvenol deve ser utilizado com precaução nos doentes com insuficiência hepática grave. Devido à presença de álcool cetílico, o creme retal Procto-Glyvenol pode causar reações cutâneas locais (ex. dermatite de contacto) e algumas reações alérgicas retardadas, podem ser devidas à presença de parahidroxibenzoato de metilo e parahidroxibenzoato de propilo. Não existe experiência clínica referente à aplicação do Procto-Glyvenol em crianças. Informação na gravidez e aleitamento: Não deve utilizar-se o Procto-Glyvenol durante os primeiros três meses de gravidez. O Procto-Glyvenol poderá ser utilizado a partir do 4º mês de gravidez e durante a lactação, desde que a dosagem recomendada não seja excedida. Ler cuidadosamente as informações presentes na cartonagem e do folheto informativo e, em caso de dúvida ou de persistência dos sintomas, consultar o seu médico ou farmacêutico. Versão revista em julho 2023.
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