Em conferência de imprensa, o porta-voz do Governo nipónico afirmou que a tarefa do executivo é “cuidar da segurança do povo japonês”, sendo a entrada de visitantes estrangeiros para os Jogos complicada devido ao risco de propagação de novas estirpes do novo coronavírus (SARS-CoV-2).

Katsunobu Kato tinha sido questionado sobre notícias publicadas em dias anteriores pelos meios de comunicação locais, que indicavam que o Governo já tinha tomado a decisão de excluir espetadores estrangeiros dos Jogos Olímpicos.

O comité organizador, entretanto, afirmou hoje em comunicado que a decisão sobre os espetadores estrangeiros “será tomada até ao final do mês e será baseada em fatores que incluem o estado das infeções no Japão e noutros países, possíveis medidas de prevenção de pandemias e conselhos médicos de peritos”.

Espera-se que o Governo e o comité organizador dos Jogos Olímpicos realizem uma reunião com o Comité Olímpico Internacional e dois outros organismos, possivelmente na próxima semana, para tomar uma decisão formal sobre a questão dos visitantes estrangeiros, informou a agência de notícias japonesa Kyodo.

O Governo, de acordo com fontes não identificadas citadas pela Kyodo, concluiu que não é possível acolher os fãs estrangeiros devido à preocupação do público japonês com o novo coronavírus e por terem sido detetadas variantes mais contagiosas da covid-19 noutros países.

O Japão proibiu todos os viajantes estrangeiros sem visto de residência de entrar no país, como regra geral, desde finais de dezembro, uma decisão que permanecerá em vigor até novo aviso.

A exclusão de visitantes estrangeiros dos Jogos Olímpicos custaria aos organizadores uma perda de receitas estimada em dez mil milhões de ienes (77 milhões de euros), de acordo com uma estimativa do diário de negócios japonês Nikkei.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.600.802 mortos no mundo, resultantes de mais de 117 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.595 pessoas dos 811.306 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.