“Os polícias destas equipas procuram recolher indícios de maior vulnerabilidade física e psíquica ou de situações suspeitas de crimes, seja de violência doméstica, seja contra a vida ou integridade física, eventualmente agravados pela situação epidemiológica da covid-19. Posteriormente, a PSP partilha esta informação e aciona meios de resposta social em coordenação com as diversas entidades parceiras”, lê-se em comunicado.
De acordo com a PSP, a operação, de “cariz preventivo”, tem como objetivo a deteção de casos de fragilidade social entre a população sénior.
“Em geral, os idosos, pelas suas vulnerabilidades físicas e psíquicas, tornam-se vítimas preferenciais em relação a crimes contra o património [roubo, burla, extorsão], contra a liberdade pessoal [ameaça, coação, sequestro] e contra a integridade física [ofensa à integridade física, violência doméstica, maus-tratos]”, alertam as forças policiais.
Às várias vulnerabilidades discriminadas acrescentam-se ainda “as de cariz económico, materializadas em frágeis condições de habitação, higiene, saúde pública, saúde individual [muitas vezes dependentes de medicação regular] e ou alimentação”.
“Na operação a “Solidariedade Não Tem Idade” a PSP exerce as competências de prevenção criminal [e de prevenção prioritária] que lhe estão genericamente atribuídas, fazendo-o em cooperação com instituições locais e em apoio a outras entidades nas suas competências de apoio/assistência social ou serviços médicos, salvaguardando as áreas de intervenção próprias de cada uma”, recorda.
A operação prolongar-se-á até ao final do mês de setembro, acrescenta.
Em 2020, foram realizados mais de seis mil contactos individuais e sinalizados 981 idosos, dos quais 891 em situação de risco social, sendo 508 encaminhados de imediato para apoio urgente por se encontrarem em situação de risco elevado.
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