Numa pergunta enviada na sexta-feira ao Ministério da Defesa Nacional, divulgada hoje, os sociais-democratas perguntam se o Governo "teve conhecimento antecipado" da decisão do Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, de exonerar o diretor do Hospital das Forças Armadas e se "concorda com esta demissão".
"Que motivos justificam a exoneração do Brigadeiro-General Fazenda Afonso Alves num momento em que o país está em estado de emergência", pergunta ainda o PSD.
Para os sociais-democratas, esta exoneração "acontece num momento deveras difícil para o país devido ao surto da covid19 e pouco tempo depois de ter sido declarado o estado de emergência em Portugal”.
“Sabendo nós que os polos de Lisboa e do Porto do Hospital das Forças Armadas estão na linha de apoio ao sistema nacional de saúde no combate à covid-19, mais difícil se torna compreender uma decisão que em nada contribui para a estabilidade desta instituição”, referem ainda os sociais-democratas.
A substituição do brigadeiro-general Eduardo Branco pelo coronel Rui Teixeira de Sousa como diretor do Hospital das Forças Armadas foi conhecida na passada sexta-feira, através de um comunicado do Ministério da Defesa.
Segundo uma nota enviada à Lusa pela tutela da Defesa, a nomeação do novo diretor e exoneração do anterior titular do cargo foram propostas pelo chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas portuguesas, almirante António Silva Ribeiro, depois de “ouvido o Conselho de Chefes de Estado-Maior”.
O coronel tirocinado médico Rui Teixeira de Sousa vai, assim, substituir o brigadeiro-general Eduardo Branco, que foi nomeado em 30 de outubro de 2019, de acordo com a informação disponível em Diário da República.
Eduardo Branco tinha sido nomeado para suceder à coronel Regina Mateus, que tomou posse em julho de 2018 e foi a primeira mulher a assumir o cargo de Oficial General das Forças Armadas.
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