Segundo a Administração Regional de Saúde do Norte (ARS-N), a intervenção "inclui a realização de rastreios periódicos aos trabalhadores das empresas identificadas como de maior risco para tuberculose, com o objetivo de diagnosticar, precocemente, casos de tuberculose-doença e de tuberculose-infeção e garantir, numa fase precoce, o seu encaminhamento e tratamento".

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Em comunicado enviado à Lusa, a ARS-N assinala que o projeto se designa "Menos Tuberculose - Pedreiras" e vai decorrer até 2020 em Penafiel e Marco de Canaveses, "onde se tem verificado uma incidência da doença bastante superior à do resto do país".

É naqueles municípios que se localizada o maior polo do país de extração e transformação de granito, reunindo dezenas de empresas, que dão empregos a milhares de trabalhadores, a maioria do sexo masculino.

Projeto arrancou em janeiro

O trabalho foi iniciado em janeiro e está a ser realizado pelas unidades de saúde pública dos Agrupamentos de Centros de Saúde do Vale do Sousa Sul e do Baixo Tâmega, em colaboração com o Programa Nacional para a Tuberculose e a sua equipa regional do Norte.

A ARS-N acrescenta que "os serviços de saúde do trabalho das várias indústrias de extração e transformação da pedra assegurarão a articulação entre as referidas indústrias, os Serviços de Saúde Pública e os Centros de Diagnóstico Pneumológico".

Pretende-se garantir "a execução dos testes de rastreio, nomeadamente inquérito de sintomas, radiografia de tórax e colheitas de expetoração para exame bacteriológico e de sangue".

A tutela assinala, por outro lado, que os resultados alcançados poderão determinar que o projeto possa ser "alargado a outros contextos de risco para a transmissão da tuberculose".

É objetivo que, após 2020, "os serviços de saúde do trabalho rastreiem periodicamente os seus trabalhadores, nas situações em que tal se justifique, assegurando a articulação entre os vários níveis dos serviços de saúde", destaca-se ainda na informação.