Cerca de 43 milhões de pessoas estão em risco de carência alimentar na Europa e não têm meios para pagar uma refeição completa e 79 milhões vivem abaixo do limiar de pobreza, indicam dados do Programa Europeu de Apoio Alimentar.
Hoje assinala-se o Dia mundial contra a pobreza extrema e o Programa Europeu de Apoio Alimentar realiza, em Bruxelas, uma conferência de imprensa para abordar o tema, com a presença de representantes do Comité Económico e Social e de Instituições de Solidariedade Social, entre as quais, a Federação Portuguesa de Bancos Alimentares.
O ano passado, os 240 Bancos Alimentares distribuíram 360 mil toneladas de produtos alimentares a Instituições de Solidariedade Social em 21 países europeus.
Estas Instituições distribuíram os produtos a pessoas carenciadas sob a forma de cabazes ou de refeições; mais de metade do total dos alimentos entregues provinham do Programa europeu que ajudou 18 milhões de pessoas carenciadas.
Segundo o Eurostat, 79 milhões de pessoas vivem na Europa abaixo do limiar de pobreza e 30 milhões sofrem de subnutrição.
Iniciado em 1987, o Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (PCAAC) permite fornecer alimentos produzidos com os 'stocks' dos excedentes de produtos agrícolas, os chamados “stocks de intervenção”.
No entanto, estes 'stocks' têm vindo a diminuir ano após ano devido às reformas da PAC e do acréscimo de procura de produtos agrícolas no mundo.
O PCAAC tem contribuído para combater a pobreza e promover a inclusão social: 18 milhões de cidadãos europeus beneficiaram este ano deste programa comunitário em 20 Estados-membros da União Europeia.
17 de outubro de 2011
Fonte: Lusa
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