O 'Programa 100%' começou há um ano para atrair os alunos que "fugiam" das cantinas escolares e, segundo o Ministério da Educação, já fez subir em 10% o número de estudantes nos refeitórios.
O programa foi criado para “promover os refeitórios escolares através de uma fidelização dos alunos a este espaço, reduzindo a tendência de opção por outros espaços”, explicou à Lusa fonte do Ministro da Educação e Ciência (MEC), referindo-se à atração que os jovens sentem pelos “estabelecimentos de restauração coletiva no espaço circundante à escola”.
A iniciativa foi levada a cabo pela 'Unilever Foods Solution', que se ofereceu para “ensinar” alguns truques às cozinheiras das escolas para que conseguissem transformar uma típica refeição de cantina num prato atrativo para os alunos.
De acordo com o MEC, até ao momento foram formadas 416 cozinheiras e auxiliares, com a ajuda de sete 'chefs' da Associação de Cozinheiros Profissionais de Portugal e da 'Unilever Food Solutions'.
Em simultâneo, foram formadas "brigadas de cozinha", que passaram a estar responsáveis pela elaboração das ementas nas escolas.
De acordo com os dados do MEC, inscreveram-se no programa 275 escolas, mas apenas 96 têm a iniciativa a decorrer, estando outras 12 em fase de concretização. No total, já beneficiaram do programa “cerca de 30.000 alunos”, segundo dados do Ministéiro da Educação.
“O Ministério da Educação concedeu-nos o seu apoio” porque queria combater um problema, que era “o número de alunos a evitar a cantina da escola em busca de opções com mais sabor, mas que poderiam não ser as mais corretas nutricionalmente”, contou à Lusa a responsável pela comunicação da 'Unilever Foods Solutions', Mónica Vaz.
Apesar de ainda não ter estudos muito aprofundados, o MEC diz ter um “feed-back das direções das escolas que aponta para um aumento de cerca de 10% de adesão aos refeitórios”.
Além do aumento de alunos nas cantinas, Mónica Vaz garante que a iniciativa conseguiu pôr os alunos a alimentarem-se melhor: “Passaram a comer mais legumes, pois os pratos confeccionados têm uma apresentação mais apelativa e são mais saborosos”.
Até agora, as escolas abrangidas pelo 'Programa 100%' eram agrupamentos ou escolas do 2º e 3º Ciclo, ou seja, jovens com mais de 10 anos de idade. No entanto, a empresa admite vir a alargar o programa às universidades.
Além de tentar transmitir aos jovens os benefícios de uma alimentação saudável, o programa queria provar que a alimentação escolar pode ser "100% saudável, 100% variada e 100% saborosa", lembrou Mónica Vaz.
18 de janeiro de 2012
@Lusa
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