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Organização Mundial de Saúde fala em 150 casos confirmados em todo o mundo
7 de novembro de 2013 - 10h15
O primeiro caso de coronavírus em Espanha foi noticiado hoje, através de comunicado, pelo Ministério da Saúde, que acrescentou ser relativo a uma mulher que acabou de regressar da Arábia Saudita.
A doente, que nasceu em Marrocos, mas vive em Espanha, está a receber tratamento num hospital de Madrid e está em “condição estável”, acrescentou o Ministério.
A mulher passou o mês de outubro na Arábia Saudita, onde esta doença mortal apareceu em setembro de 2012, adianta o texto.
A Síndrome Respiratória do Médio Oriente Coronavírus (MERS-CoV, na sigla em inglês) já causou 64 mortes à escala mundial, na sua maioria concentradas na Arábia Saudita, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Esta entidade revelou na segunda-feira que já há um total de 150 casos confirmados em laboratório, à escala mundial, desta doença respiratória.
A doença foi detetada apenas em mais outros quatro países europeus – Alemanha, França, Itália e Reino Unido –, para além da Arábia Saudita, sempre em pessoas que tinham viajado recentemente para o Médio Oriente.
Está por esclarecer se a mulher se deslocou à Arábia Saudita por ocasião da peregrinação anual a Meca (hajj), que juntou centenas de milhares de fiéis, em outubro, num acontecimento que foi acompanhado, nervosamente, por receio de um surto de MERS.
O Governo saudita apelou aos idosos e aos doentes crónicos que evitassem a peregrinação e aconselhou os peregrinos a colocarem máscaras.
Os técnicos estão a procurar compreender a MERS, para a qual não há vacina.
Esta doença é considerada tão mortal, mas menos transmissível, quanto o vírus Síndrome Severo de Respiração Aguda (SARS, na sigla em inglês), que irrompeu na Ásia em 2003 e infetou 8.273 pessoas, nove por cento das quais morreram.
À semelhança do SARS, o MERS parece causar uma infeção pulmonar, com os doentes a manifestarem febre, tosse e dificuldades respiratórias.
Mas difere do SARS ao causar de forma rápida uma incapacidade renal e apresentar uma extremamente elevada taxa de mortes, que está a causar uma séria preocupação.
Em agosto, os investigadores mencionaram os camelos da Arábia como possíveis hospedeiros do vírus.
Lusa
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