Comparando dados oficiais referentes ao final de julho, a associação ambientalista Zero nota que em 2016 tinham sido interditadas três zonas balneares no continente, contra sete este ano, e que tinham sido desaconselhados ou proibidos (temporariamente) banhos em oito zonas, sendo que este ano já se registaram 23 casos, envolvendo 16 zonas balneares.

Se forem consideradas as regiões autónomas o número sobe para 30 desaconselhamentos ou proibição de banhos envolvendo 21 zonas balneares, 12 praias costeiras ou de transição e nove interiores.

Houve um total de 16 concelhos com praias desaconselhadas para banhos, havendo cinco deles com duas praias (Albufeira, Funchal, Gondomar, Mafra e Porto Moniz), salienta a associação.

E porque proporcionalmente foram afetadas mais praias interiores do que praias costeiras, a Zero entende que as principais causas serão os menores caudais associados à seca e a falta de controlo do tratamento de efluentes de origem doméstica e industrial.

Metade das zonas balneares que tiveram desaconselhamento este ano têm a classificação de Excelente, pelo que, nota a associação, deve tratar-se de episódios esporádicos e cujas causas devem ser devidamente averiguadas.

"Há zonas balneares que foram recentemente abertas e ainda não têm classificação atribuída e que não deveriam estar a funcionar dada a elevada contaminação que apresentam, como é o caso particular de Alvares no concelho de Góis, onde se registaram cinco recolhas de amostras com elevados valores dos parâmetros que fazem parte da legislação", afirma-se no comunicado da Zero.

Portugal tem atualmente 601 zonas balneares, 480 costeiras ou de transição e 121 interiores, pelo que os problemas são "relativamente diminutos e esporádicos, afetando apenas cerca de 3,5% do total de zonas balneares", nota a Zero.

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