Uma equipa de cientistas portugueses, do Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa, descobriu um mecanismo que promove o crescimento do cancro do ovário. O artigo em que a equipa de Bruno Silva-Santos o descreve foi publicado na prestigiada revista científica Proceedings of the Natural Academy of Sciences e abre portas ao desenvolvimento de novas terapias, nomeadamente ao nível da imuno-oncologia. «O nosso trabalho identifica um novo eixo que envolve células Tgd, interleucina-17 (IL-17) e pequenos macrófagos peritoneais (SPM) e que promove o desenvolvimento do tumor», refere o investigador.
«Como tal, identifica novos alvos terapêuticos para futura intervenção na clínica com o objetivo de neutralizar este eixo pró-tumoral e, assim, reduzir o seu impacto», detalha ainda o cientista. Boas notícias para a medicina, já que o cancro do ovário é muito difícil de tratar, sendo a sétima causa de morte mais frequente no sexo feminino. Em Portugal, tem uma prevalência de 1.300 casos a cada cinco anos. Sangramento vaginal anormal, vontade anormal de urinar, cansaço, dor durante as relações sexuais e sentir uma massa palpável na região pélvica são alguns dos sintomas.
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