Em 2016, a megalópole de 20 milhões de habitantes teve uma concentração anual de partículas finas (PM2,5) de 113 microgramas por metro cúbico de ar, resultado numa redução média de 10,2 anos de esperança de vida, indica o estudo do Instituto de Política Energética (EPIC).

O estudo mede os riscos de morte prematura a partir da esperança de vida de uma pessoa caso ela apenas estivesse exposta ao nível de partículas finas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A OMS aconselha a não ultrapassar os 10 microgramas de concentração anual.

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Mundialmente, o estudo estima que a contaminação do ar reduza a esperança de vida em 1,8 anos em média.

Este dado coloca a poluição como o principal risco para a saúde humana, antes do tabaco (1,6 ano), do álcool e das drogas (11 meses) e inclusivamente antes das guerras e do terrorismo (22 dias).  

A contaminação de partículas finas tem origem, sobretudo, nos combustíveis fósseis e é muito elevada no sul e no leste da Ásia. Em 2016, as suas concentrações custavam 5,7 anos de vida a um residente de Pequim.

Embora a poluição tenha piorado na Índia nos últimos anos, a tendência diminuiu na China graças a políticas públicas, aponta o mesmo estudo.