Um relatório da Organização Mundial da Saúde, publicado na terça-feira, estima que em 2012 cerca de 12,6 milhões de mortes tenham sido provocadas pela "contaminação do ar, água e solo", "exposição a substâncias químicas", "mudanças climáticas" e "raios UV".
A organização estima que 8,2 milhões de mortes por doenças não transmissíveis podem ser atribuídas à poluição do ar.
Tratam-se, sobretudo, de acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, cancro e doenças respiratórias.
Os traumas não intencionais, como os acidentes de trânsito, também são classificados pela OMS entre as patologias relacionadas como o meio ambiente e representam 1,7 milhões de mortes em 2012.
A OMS considera que os acidentes rodoviários estão relacionados com o meio ambiente porque com frequência são causados pelo mau estado das estradas.
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A OMS acredita que a diarreia, que ocupa o sexto lugar no grupo das dez doenças listadas pela OMS, é provocada com frequência por uma rede sanitária fraca, provocando 846.000 mortes anuais.
Os "traumatismos voluntários", que incluem os suicídios, são a décima causa das mortes relacionadas com o meio ambiente. Para a OMS, certos suicídios são provocados pelo acesso a produtos tóxicos, como os pesticidas.
Para a organização internacional, "uma melhor gestão do meio ambiente permitiria salvar todos os anos" 1,7 milhões de crianças com menos de 5 anos e 4,9 milhões de idosos.
"Em 2002, tínhamos mais ou menos 25% das mortes mundiais causadas pelo meio ambiente, hoje são 23%, um pouco menos, mas como a população aumentou em dez anos a quantidade final continua a ser alta", comentou a médica María Neira, diretora do Departamento de Saúde Pública e Meio Ambiente, citada pela agência de notícias France Presse.
Na Ásia do sudeste é onde é registado o maior número de mortes relacionadas com o meio ambiente, um total de 3,8 milhões. Em segundo lugar figura a região do Pacífico (3,5 milhões), seguida da África (2,2 milhões), Europa (1,4 milhão), Médio Oriente (854.000) e América (847.000).
Para resolver a situação, a OMS propõe medidas simples: reduzir as emissões de carbono, desenvolver as redes de transportes coletivos, melhorar a rede sanitária, combater os modos de consumo para utilizar menos produtos químicos, maior proteção ultravioleta e mais restrições ao tabaco.
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